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Cientistas descobrem elemento que destrói o Alzheimer em ratos

O composto químico é o EPPS, bem parecido com a taurina, usada nas bebidas energéticas. Os animais apresentaram melhor desempenho nos testes de labirinto e de comportamento.

Por Camila Almeida
Atualizado em 8 mar 2024, 15h31 - Publicado em 15 dez 2015, 16h15

A gente já sabe que algumas substâncias, como o café e a maconha, podem ser eficazes na prevenção do Alzheimer. Algumas práticas também ajudam a prevenir o mal, como dormir bem, por exemplo, ou até ter atitudes positivas, como não ter medo de envelhecer. Todas essas descobertas ajudam a entender um pouco melhor como funciona o nosso cérebro e ajudam a preservá-lo. Mas, até agora, os pesquisadores não descobriram como fazer para reverter as doenças que o degradam. 

E aí está a importância de um estudo recente. Pesquisadores do Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia, da Coreia do Sul, encontraram um elemento que pode reverter o Alzheimer. Os experimentos foram bem-sucedidos em ratos. 

O composto químico é o EPPS, bem parecido com a taurina, aminoácido usado nas bebidas energéticas. Quando ele foi adicionado à água de ratos que apresentavam sintomas de Alzheimer, os animais apresentaram melhor desempenho nos testes de labirinto e de comportamento, em relação aos que estavam doentes e não tomaram a substância, no grupo de controle.

Mas como funciona?

Uma das hipóteses para a deterioração mental está relacionada aos beta-amilóides, proteínas que grudam na parede do cérebro, dificultando a comunicação nervosa. O que os pesquisadores verificaram é que estas placas podem ser destruídas mesmo depois de formadas. 

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Quando eles avaliaram como o cérebro dos ratos tinha se comportado sob influência do EPPS, viram que essas placas de proteína tinham diminuído consideravelmente e, sob doses elevadas, elas até mesmo sumiram. Num nível molecular, a substância se liga aos beta-amilóides e os desagrega, convertendo-os em moléculas mais simples.

E nos humanos, como fica?

Nos humanos, a doença atua de forma bem mais complexa do que nos ratos de laboratório, que tem as proteínas “colantes” injetadas pelos pesquisadores. Em nós, os beta-amilóides podem vão se aglutinando durante longos períodos de tempo e, por isso, têm uma degeneração mais incrustada e difícil de reverter. Apesar dessa diferença considerável, o composto é uma boa pista e novas pesquisas devem fornecer mais respostas sobre sua atuação nestas placas que se acumulam no cérebro. 

“Eu não acredito que o EPPS ou outras drogas de compensação dos amilóides farão pacientes de Alzheimer recuperarem seus cérebros danificados”, disse o líder da pesquisa YoungSoo Kim ao jornal britânico The Guardian. “No entanto, acredito fortemente que essas drogas podem frear a neurodegeneração e salvar da morte.” Ainda não se sabe como o composto atua no organismo humano nem se trará os mesmos benefícios cognitivos. O estudo foi publicado na revista Nature.

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