Cientistas desenvolvem substância que impede o cocô de grudar na privada
O spray combate bactérias e ainda diminui drasticamente o consumo de água – você não precisa dar descarga duas vezes para limpar a louça.
Diga adeus à escovinha de privada. Cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, desenvolveram uma substância que deixa o interior da louça bem lisinho – o suficiente para o cocô deslizar perfeitamente e não deixar nenhuma freada de bicicleta para trás.
A substância foi apelidada de LESS e é dividida em duas partes: a primeira camada fica em contato com a superfície da privada, enquanto um segundo revestimento de óleo de silicone é aplicado em cima dela. E aí que o cocô escorrega. No total, o produto demora cinco minutos para ser aplicado.
Mas por que os pesquisadores se interessariam em criar uma substância dessas? Não foi só para diminuir o nojinho das pessoas. O objetivo é reduzir o consumo de água no ao usar o banheiro. Afinal de contas, quem nunca deu descarga duas vezes seguidas para “limpar” melhor a privada?
Testes mostraram que substância reduz a aderência do cocô em 90% — nem os mais brabos deixam lembranças.
O cientistas se empenharam bastante nos testes. Eles usaram fezes (sintéticas e reais) de tamanhos e consistências diferentes para verificar a eficácia da cobertura deslizante. Os dejetos foram soltos a uma altura de 40 centímetros e inclinação de 45 graus na privada para simular o momento do bombardeio.
O estudo mostrou que a cobertura também evita que as bactérias do cocô e do xixi se espalhem pela privada. No total, a substância dura 50 idas ao banheiro. Depois disso, ela precisa de um reforço.
A privada utiliza cerca de 10 litros de água por descarga. Segundo o pesquisador Tak-Sing Wong, autor do estudo, isso soma 141 bilhões de litros por dia, ou seis vezes mais que o consumo diário de água na África. Ele diz que espera que o novo produto possa amenizar o problema.
No entanto, a coisa não é tão simples assim. Em entrevista ao The Guardian, o professor Mark Miodownik, que trabalha com engenharia de materiais na University College London, diz que se preocupa com o destino dos químicos usados na cobertura e como eles podem impactar o meio ambiente se forem adotados em escala global.