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Conceito de beleza é relativo

Mas apenas em 50% dos casos. Estudo com gêmeos descobriu que noção de beleza também pode ser genética

Por Otavio Cohen
Atualizado em 4 nov 2016, 18h59 - Publicado em 2 out 2015, 14h45

Paulina Vega Miss Universo 2015Parece que aquela história de que “a beleza está nos olhos de quem vê” e “quem ama o feio, bonito lhe parece” é mesmo verdade. Ou, pelo menos, meia verdade. É que as noções universais de beleza – aquelas com as quais todo mundo concorda – não são assim tão universais.

É verdade que rostos simétricos tendem a ser classificados como bonitos por todo mundo. Mas dentro do seu gosto pessoal, esse senso comum ocupa apenas 50% do espaço. O resto da sua noção de beleza é algo completamente único. Isso explica por que você às vezes acha uma pessoa linda e todos os seus amigos discordam.

 Os cientistas responsáveis pelo estudo colheram os resultados de 35 mil pessoas que fizeram um teste online em que precisavam responder quem é bonito e quem é feio, a partir de uma série de rostos na tela. Depois, os pesquisadores pediram para 761 pares de gêmeos (idênticos e não-idênticos) responderem quais rostos eles achavam bonitos. As respostas variavam bastante de um gêmeo para o outro – apenas na metade dos casos os gêmeos concordavam.

A conclusão do estudo, que foi uma parceria entre especialistas do Massachusetts General Hospital, da Universidade de Harvard e da Wellesley College, é que noção de beleza pode ter raízes genéticas. Em outras palavras, você já nasce achando tal pessoa bonita e tal pessoa feia. Mas, mesmo assim, só vai haver unanimidade em 50% dos casos. Na outra metade dos casos, vale a sua experiência de vida. E não é só a criação que conta. São as caras que vemos na mídia, os rostos que marcaram nossa infância, como amigos e amores. Algo que dificilmente é igual entre duas pessoas, mesmo se elas forem gêmeas.

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