Energia eólica: vento contra a parede
Grupos antienergia eólica bagunçam as discussões sobre energias limpas.
Tarso Augusto
A energia eólica é tida como uma das grandes soluções para o aquecimento global. Mas agora que ela começa a se tornar popular – cresceu 18% na Europa em 2005 – surgem grupos para apontar defeitos e colocar lenha (ou urânio) no debate. Os antivento dizem que as hélices causam poluição visual e sonora a quem mora perto e, algo ainda não provado, acabam com as aves da região. Além disso, produzem uma energia cara, usada quase sempre localmente (integrá-la à rede nacional requer ainda mais dinheiro). Por outro lado, os antivento são acusados de pensar só no próprio quintal e não em ajudar o planeta. E há denúncias até de terem segundos interesses: a maior ong contra a energia eólica na Austrália é coordenada por pessoas ligadas a usinas nucleares. A moral da história é que não existe energia à prova de polêmicas. Será que daqui a pouco haverá protestos contra o hidrogênio?
O lado limpo e o sujo de cada tipo de energia
Tipo de energia – Solar
Vantagem – É a forma de geração de energia mais limpa e menos perigosa.
Desvantagem – É tecnologia para o futuro. Hoje, seu preço inviabiliza a aplicação em larga escala.
Tipo de energia – Eólica
Vantagem – Não tem emissões poluentes, não tem riscos ambientais comprovados.
Desvantagem – Depende do vento, traz poluição sonora e visual, é cara.
Tipo de energia – Hidrelétrica
Vantagem – Para o consumidor final, é uma das formas mais baratas de geração de energia.
Desvantagem – Depende do fluxo dos rios e causa desequilíbrio ecológico nas regiões alagadas.
Tipo de energia – Termoelétrica
Vantagem – Requer baixo investimento inicial e pouco tempo de instalação.
Desvantagem – Destrói o planeta com gases que causam chuva ácida e aquecimento global.
Tipo de energia – Nuclear
Vantagem – Não depende de fatores naturais – como o fluxo dos rios ou o vento – e não polui o ar.
Desvantagem – Gera lixo radioativo e sempre há o risco de vazamento e contaminação.