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Lhamas podem ser a arma para combater vírus da gripe

Os anticorpos do animal foram usados, em estudo, para desenvolver um método mais eficaz contra a doença respiratória

Por Rafael Battaglia
6 nov 2018, 17h36

Qual a sua receita para curar uma gripe? Remédios? Soro fisiológico? Talvez um chá? Por mais eficaz que ela seja, uma coisa é certa: nenhuma é tão boa a ponto de você nunca mais sofrer com essa doença. E com razão – a mutação do vírus influenza é rápida, e há sempre novas versões para desafiar nosso sistema imunológico.

Porém, a ciência segue na luta para encontrar a cura definitiva do problema. E, agora, parece ter achado um parceiro improvável para as pesquisas na área: as lhamas, mamíferos ruminantes simpáticos, comuns em regiões de altitude (acima de três mil metros) e muito úteis para os povos da Cordilheira dos Andes. Além de servirem como animal de carga, fornecem leite, lã, suas fezes podem virar combustível e fertilizante. Quem quiser pode, inclusive, se alimentar da sua carne.

Mas o que elas têm a ver com a gripe? Segundo um estudo do Instituto Scripps, nos EUA, publicado na última segunda-feira (5) na revista Science, os anticorpos desse parente do camelo também parecem ter uma baita utilidade: combater os diversos tipos de vírus da gripe que afetam os humanos.

Como? De acordo com a pesquisa, as proteínas responsáveis por proteger o organismo das lhamas são muito menores que as dos humanos. Por isso, conseguem se ligar a partes específicas do influenza, que não sofreram mutações, minando a atividade do vírus.

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Os cientistas identificaram quatro tipos desses anticorpos, selecionaram características de cada um deles e criaram uma versão sintética. É como se alguém reunisse os poderes dos X-Men em um único supermutante.

A fase seguinte da investiga��ão foi testar os anticorpos em ratos, que foram infectados com mais de 60 tipos de vírus da gripe. Isso aconteceu por meio de dois métodos: um deles semelhante a uma vacina e o outro  foi a terapia genética, em que um vírus modificado estimula as células a sintetizar proteínas específicas. No caso dos ratinhos desse estudo, eles passaram a produzir naturalmente anticorpos semelhantes ao das lhamas e se tornaram mais resistentes à infecção.

Os autores do artigo acreditam que esses achados são importantes para, no futuro, encontrarmos uma forma definitiva de prevenir a gripe. Vida longa às lhamas.

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