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O mistério do imenso núcleo de Mercúrio – que ocupa 85% do volume do planeta

Dupla de brasleiros do Observatório Nacional (ON) liderou pesquisa que elucida a estrutura interna do caçula do Sistema Solar.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
27 jun 2025, 16h15

Mercúrio é bem recheado. O núcleo ferroso desse pequeno bólido ocupa 85% de seu volume interno total – algo anômalo em relação aos demais planetas rochosos. Para fins de comparação, o caroço da Terra ocupa apenas 15%.

Faz décadas que os especialistas tentam explicar esse mistério. Dentre as hipóteses aventadas, a mais provável é que Mercúrio tenha nascido da colisão e posterior fusão entre dois protoplanetas.

Protoplanetas eram rochedos menores que um planeta, mas ainda substancialmente gordinhos, que flanavam pelo Sistema Solar em sua infância.

Eles podiam ter dois destinos: crescererem até se tornarem planetas “adultos” (rs) ou acabarem relegados ao papel de asteroides.

Quando dois proplanetas se fundem em um só, o material do núcleo de ambos também acaba se misturando, o que explicaria o interior desproporcionalmente grande de Mercúrio.

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Por outro lado, quando um planeta cresce ao redor de um núcleo só, essa bolinha central permanece pequena, ainda que um bocado de rocha se acumule ao redor.

O que nos leva à notícia da vez: um grupo internacional de pesquisadores liderados por Fernando Roig do Observatório Nacional (ON) e seu ex-orientando Patrick Oliveira Franco usou simulações de computador para entender quais, exatamente, eram as características dos dois bólidos que colidiram. 

“Esses resultados indicam que uma única colisão de raspão envolvendo dois embriões planetários de massas comparáveis é um cenário altamente provável para explicar a estrutura atual de Mercúrio. Isso confirma o impacto gigante como a hipótese mais plausível para a origem do planeta”, disse Fernando Roig em declaração à imprensa.

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O estudo foi publicado no periódico especializado Nature Astronomy e está disponível aqui.

Até então, as pesquisas disponíveis sobre a formação de Mercúrio indicavam que os dois protoplanetas tinham massas bastante diferentes um do outro. A conclusão de que o planeta também pode ser resultado da colisão de dois corpos de massas parecidas aumenta o leque de cenários possíveis para explicar o surgimento do planeta caçula do Sistema Solar.

 

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