Sem gravidade, aranhas usam luz para diferenciar “em cima” e “embaixo”
Aracnídeos que passaram dois meses flutuando na Estação Espacial Internacional teciam suas teias se orientando pelas lâmpadas no teto – como se elas fossem o Sol.
Um par de aranhas da espécie Trichonephila clavipes embarcou rumo à ISS para um experimento curioso. Um grupo de cientistas suíços e americanos pretendia estudar como os bichos produzem suas teias na ausência de gravidade.
Na Terra, as T. clavipes constroem teias de forma assimétrica, com o centro próximo ao topo. Questão de estratégia: quando descansam de cabeça para baixo, podem usar a gravidade para se mover mais rapidamente até a presa. Mas e quando não há essa ajuda gravitacional?
Usando 14,5 mil fotos produzidas em dois meses, os cientistas analisaram 100 teias fabricadas pela dupla de aranhonautas – e as compararam com aquelas feitas por aranhas da mesma espécie na Terra. Teias feitas em gravidade zero eram mais simétricas do que as tecidas por aqui – ou seja, seu centro estava mais próximo do meio.
Mas outra coisa chamou atenção: as teias tinham formatos diferentes se a luz do teto estava acesa ou apagada.
As fotos mostraram que aranhas não tinham uma posição de descanso preferida na ausência de luz. Quando a luz estava acesa, no entanto, elas repousavam de cabeça para baixo, descendo para tecer suas teias.
Isso quer dizer que, na falta de gravidade, a luz serviu para fazê-las distinguir “acima” (a direção da luz) e “abaixo” (contrária à luz) – algo que cientistas não faziam ideia que fosse possível em aranhas.
Homem de Marree: o geoglifo gigante na Austrália que ninguém sabe quem fez
Por que as notas Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si têm esse nome?
Golfinhos são vistos usando esponjas como chapéus
Seu nome está no ranking? Saiba como explorar a nova plataforma Nomes do Brasil
Como fazer seu cachorro feliz? Confira 5 dicas da ciência







