“Supercondutor funciona à temperatura ambiente.” Não é bem assim…
Essa manchete correu o mundo. Mas o estudo no qual ela se baseia tem dois grandes problemas. Veja quais.
O que a notícia dizia:
Cientistas da Universidade de Rochester, nos EUA, conseguiram criar um material que é supercondutor (transmite eletricidade sem perdas) à temperatura ambiente – não precisa ser resfriado a temperaturas baixíssimas, como os supercondutores atuais. Ele pode revolucionar muitas coisas, desde as usinas de geração elétrica até os smartphones.
Qual é a verdade:
O tal material (1) é uma liga de lutécio com hidrogênio e nitrogênio. Só que ele precisa ser submetido a uma pressão muito alta, de 1 gigapascal (10 mil vezes a atmosférica). E isso, assim como o resfriamento dos supercondutores comuns, consome energia.
Mas o maior problema é que os inventores do material são pouco confiáveis: eles já anunciaram a criação de outros supercondutores, mas foram acusados de forjar e distorcer dados (2).
Fontes 1. Evidence of near-ambient superconductivity in a N-doped lutetium hydride. RP Dias e outros, 2023. 2. Breakthrough or bust? Claim of room-temperature superconductivity draws fire. Revista Science, 22/10/2021.
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