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Uso de celular antes de dormir não prejudica o bem-estar, diz estudo

Levantamento que considerou dados de 17 mil adolescentes não encontrou relação entre uso de telas e problemas como depressão, baixa auto-estima e mau-humor.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 9 abr 2019, 20h51 - Publicado em 9 abr 2019, 20h40

Uma pesquisa publicada na revista científica Association for Psychological Science mostra que, pelo menos para adolescentes, o hábito de passar muito tempo frente às telas antes de dormir não está relacionado a problemas de bem-estar – como depressão, baixa auto-estima e mau-humor.

Ao contrário do senso comum, os resultados mostraram que o uso do celular – seja por duas horas, uma hora ou 30 minutos antes de cair no sono – não faz diferença nesse quesito.

Os resultados podem parecer controversos, mas foram obtidos a partir de dados sólidos. A pesquisa considerou mais de 17 mil adolescentes de diferentes nacionalidades. Participaram jovens dos Estados Unidos, Irlanda e Reino Unido.

Os pesquisadores se basearam não apenas nas declarações dos adolescentes, mas também em um diário para a medição do tempo frente às telas. Para chegar aos dados relacionados ao bem-estar, foram examinados comportamentos psicossociais ligados a sintomas de depressão, à auto-estima e ao humor dos jovens. 

Antes que você, leitor, use seu tempo pré-sono para maratonar séries, é bom saber que o hábito de passar horas na frente das telas está longe de ser aconselhável. Esse estudo é um complemento de muitos outros que tentam entender os efeitos das novas tecnologias em nosso corpo. Como já falamos aqui na SUPER, outras pesquisas revelam diferentes efeitos negativos do abuso do celular.

“As tecnologias estão enraizadas em nossa vida social e profissional, então as pesquisas sobre o uso de telas digitais e seus efeitos estão sendo constantemente analisadas. Para manter a confiança, práticas robustas e transparentes de pesquisa devem ser a norma, e não a exceção”, afirmou Andrew Przybylski, coautor do estudo.

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