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Vídeo registra dança inusitada de fêmeas de gibão para chamar atenção

A hipótese é que elas usam os passos para chamar a atenção de machos, outras fêmeas e até de humanos. Assista.

Por Manuela Mourão
24 set 2024, 18h00

Imagine que você é um cuidador de macacos gibão e, numa tarde qualquer, observa que alguns dos símios começaram a dançar.

E não é qualquer dança: as fêmeas desses animais mais pareciam robôs. Uma coreografia digna de desenho animado. Confira no vídeo abaixo:

Foi essa história que desencadeou uma recente pesquisa, disponível em versão pré-print no site bioRxvi (ou seja, ainda não passou pela revisão por outros cientistas). O objetivo do estudo era investigar o comportamento “artístico” das fêmeas de gibão.

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O resultado? Como você deve imaginar, as danças robóticas parecem ser uma forma de chamar a atenção dos que estão ao redor.

Bailarinos profissionais, claro, não são novidade no mundo animal. Diversas espécies de pássaros criam rotinas dramáticas para conquistar um par. Aranhas e insetos também já foram vistos montando danças de sedução.

Acontece que, na maioria dos casos, as coreografias são realizadas por machos. Desta vez, chamou a atenção o fato de serem fêmeas de gibão.

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O trio de estudiosos – a zoologista Camille Coye, o primatologista Kai Caspar e a professora de linguística Pritty Patel-Grosz, do Instituto Jean Nicod, da Universidade Heinrich Heine e da Universidade de Oslo – observou que apenas as fêmeas realizavam essas danças, sempre de costas para o observador. 

Curiosamente, as danças não pareciam ter um propósito evidente, como a atração de um parceiro. As fêmeas dançavam para macacos tanto machos quanto para outras fêmeas, além de ocasionalmente se apresentarem para outros animais, incluindo humanos.

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Durante a performance, elas às vezes olhavam por cima do ombro, verificando se estavam sendo observadas. Tudo isso em completo silêncio.

A pesquisa começou quando os cuidadores desses animais observaram que as fêmeas estavam se apresentando de maneiras que nunca tinham sido observadas até então. A partir desse ponto, os cientistas analisaram gravações de câmeras que acompanhavam a rotina dos animais, que resultavam em coreografias espontâneas. 

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Dentre os “passos de dança”. vale destacar os agachamentos, quase em um ritmo de breaking, com elementos extremamente próximos ou iguais aos encontrados na dança humana.

O estilo era consistente entre as dançarinas, embora houvesse variações na duração e na complexidade dos movimentos. As fêmeas de quatro diferentes espécies de gibões foram registradas realizando as coreografias.

Embora os pesquisadores não tenham conseguido identificar a razão específica para essas danças, eles sugerem que elas possam estar relacionadas a interações sociais ou à antecipação de eventos, como a hora da alimentação.

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Quem são os gibões?

São primatas da família Hylobatidae, que fazem parte da super-família Hominoidea, junto com os hominídeos. Esses animais habitam florestas tropicais e subtropicais na Índia, Indonésia e na República Popular da China.

Com alturas variando entre 45 e 90 cm, os gibões têm braços que podem alcançar até 70 cm de comprimento. Sua estrutura óssea é bastante similar à humana.

Os gibões se diferenciam dos hominídeos, como chimpanzés e gorilas, por serem menores, exibirem baixo dimorfismo sexual (ou seja, diferenças no corpo de machos e fêmeas) e não construírem ninhos. Frequentemente formam pares monogâmicos de longo prazo e se destacam pela braquiação, seu modo principal de locomoção, que envolve balançar-se de galho em galho a distâncias de até 15 metros e a velocidades de até 55 km/h. São considerados os mamíferos não voadores mais rápidos que vivem nas árvores.

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