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Vulcão zumbi cresce debaixo da terra na Nova Zelândia

Com imagens de satélite, cientistas descobriram o equivalente a 3.600 piscinas olímpicas de magma em uma área considerada "morta".

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 18h58 - Publicado em 7 jun 2016, 14h45

A Ilha Norte da Nova Zelândia é a casa da maior parte da população do país – e também da maioria dos seus vulcões. A área vulcânica de Taupo forma um V através do território, cheia de lagos quentes e gêiseres. A pequena Ilha Branca, a 50 km da costa, expele fumaça constantemente e é o vulcão mais ativo da região. A última erupção aconteceu em abril.

Para quem vive nessa geografia explosiva, a notícia de que tem magma se acumulando debaixo da terra pode parecer comum. Afinal, é assim que se forma uma erupção: o magma (feito de rocha derretida) se acumula em câmaras até que a pressão cresça o suficiente para que ele suba até a superfície e despeje lava pelos ares.

Só que câmaras de magma ficam, normalmente, embaixo de vulcões. Agora, cientistas neozelandeses descobriram espaços cheios de rocha derretida que fogem do caminho do V de Taupo e não tem relação com nenhum dos vulcões conhecidos.

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O fenômeno, que já foi identificado na nossa vizinha Cordilheira dos Andes, foi chamado de “vulcão zumbi” pelo geofísico Matthew Pritchard, da Universidade Cornell, porque essas áreas mostram sinais de vida quando deveriam estar mortas.

A descoberta da câmara misteriosa veio do espaço. Cientistas do GNS, o instituto neozelandês de estudos geológicos, usaram as informações de radar de um satélite da Agência Espacial Europeia para acompanhar o impacto da atividade vulcânica no nível do solo.

Na região de Taupo, estava tudo bem, mas eles notaram algo de estranho em um ponto a noroeste: o chão estava subindo. Os pesquisadores buscaram informações mais antigas e foram até 1950. Na época, o solo ficava 5 mm mais elevado por ano. No meio da década de 2000, a taxa aumentou para 12 mm por ano. Hoje em dia, a subida desacelerou um pouco, mas ainda está lá.

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Os cientistas acreditam que a câmara esteja 10 km da superfície terrestre e calculam que ela carrega cerca de 9 milhões de metros cúbicos de magma – o equivalente a 3.600 piscinas olímpicas. A pressão da rocha líquida seria a responsável pela elevação do solo ao longo dos últimos 66 anos.

A descoberta não indica nenhuma erupção iminente, apenas que magma pode se acumular em lugares inesperados. Mas para quem já tem como vizinhos montanhas espumando e fumaça vulcânica no ar, o que é mais uma piscina subterrânea de pedra derretida?

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