Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Bruno Garattoni

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
Continua após publicidade

O que se sabe sobre a BA.2, a subvariante da Ômicron que está se espalhando na Europa

Ela tem mutações diferentes da Ômicron original e cresce rapidamente na Inglaterra, onde seu percentual tem dobrado a cada quatro dias, e na Dinamarca - onde já responde por 45% dos casos de Covid; dados preliminares indicam que nova cepa não é mais agressiva, mas pode ser mais contagiosa 

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 set 2024, 10h30 - Publicado em 24 jan 2022, 14h20

Ela tem mutações diferentes da Ômicron original e cresce rapidamente na Inglaterra, onde seu percentual tem dobrado a cada quatro dias, e na Dinamarca – onde já responde por 45% dos casos de Covid; dados preliminares indicam que nova cepa não é mais agressiva, mas pode ser mais contagiosa 

No começo de dezembro, poucos dias após a identificação da variante Ômicron, descobriu-se que ela tinha duas subvariantes: a BA.1, responsável pela grande maioria dos casos, e a BA.2, bem mais rara. Por isso a BA.2 não atraiu muita atenção, e você não deve ter ouvido falar dela. Mas, nos últimos dias, ela deu sinais de que pode se tornar relevante – e talvez dominante.

É o que sugerem os números da Dinamarca, onde as autoridades de saúde reportaram que, na segunda semana de janeiro, a BA.2 respondeu por 45% de todos os novos casos de Covid – mais do que dobrando em relação à semana anterior (em que tinha prevalência de 20%). A BA.2 também está crescendo na Noruega, na Suécia e no Reino Unido – neste último, sua prevalência tem dobrado a cada quatro dias e atualmente corresponde a 1,5% dos casos (veja o item “Daily prevalence”). É muito menos do que na Dinamarca; mas, se o ritmo for mantido, a BA.2 pode se tornar dominante em fevereiro. 

A BA.2 possui várias alterações genéticas em relação à BA.1 – inclusive na proteína spike, que o coronavírus utiliza para infectar células humanas (e é o principal alvo das vacinas atuais e dos anticorpos adquiridos por quem pegou outra variante). Veja abaixo: 

gráfico
Comparação de mutações na proteína spike das variantes BA.1, a Ômicron “clássica” (na primeira linha do gráfico) e BA.2 (segunda linha). Os itens que interessam são os marcados em roxo – que estão presentes em 50% a 100% das amostras. (UK Health Security Agency/Reprodução)
Continua após a publicidade

A BA.2 foi apelidada de stealth omicron (“omicron furtiva”), pois é mais difícil de identificar do que a BA.1. A Ômicron “clássica” tem uma mutação, a H69-V70, que é visível nos testes PCR usados para diagnosticar a Covid. Ou seja: não é preciso submetê-la ao sequenciamento genético (um procedimento de laboratório relativamente caro, e feito apenas em algumas amostras) para identificá-la. Já a BA.2 não possui essa mutação – portanto, o único jeito de confirmar que se trata dessa subvariante, e não outra qualquer, é fazer o sequenciamento genético. 

Importante: isso não afeta os testes de diagnóstico, que continuam detectando a BA.2. A mudança só dificulta um pouco o mapeamento epidemiológico da subvariante (e nem tanto assim, já que a identificação das variantes pré-Ômicron também exigia sequenciamento).  

A subvariante não parece ser mais agressiva que a Ômicron original: segundo o governo dinamarquês, “análises iniciais não mostram diferença na [taxa de] hospitalização pela BA.2 comparada à BA.1″. As autoridades de saúde do país afirmam que a BA.2 já está sendo testada com anticorpos induzidos pelas vacinas. Os resultados ainda não estão prontos, mas “é esperado que as vacinas também tenham efeito contra doença severa causada pela BA.2”.  

Continua após a publicidade

A Dinamarca foi um dos países mais rapidamente afetados pela primeira onda de Ômicron: juntamente com a Noruega, ela registrou o primeiro evento de “superespalhamento” da Ômicron original, já na primeira semana de dezembro. Nos primeiros dias de janeiro, a BA.1 já respondia por mais de 90% dos novos casos de Covid por lá. Por isso, ela tem sido observada com atenção por cientistas de outros países em busca de pistas sobre o futuro da pandemia. 

É normal que as variantes do coronavírus tenham sublinhagens. Elas não são necessariamente preocupantes. Mas a ascensão da BA.2 na Dinamarca acende um sinal de alerta. Em outras nações tomadas pela Ômicron, como África do Sul e Reino Unido, o número de infectados disparou, atingiu o ápice no começo de janeiro e depois caiu – pois o vírus passou a ter dificuldade em encontrar indivíduos suscetíveis.

Mas, na Dinamarca, isso não aconteceu: os casos continuam aumentando – e isso coincide com a ascensão da BA.2. Por isso, é possível que ela tenha alguma característica (como maior capacidade de driblar o sistema imunológico ou maior facilidade de infecção das células) que a torne ainda mais contagiosa do que a BA.1.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.