Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Esquenta Black Friday: Assine a partir de 9,90
Imagem Blog

Oráculo

Por aquele cara de Delfos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.

Existe impeachment de papa?

Oficialmente, não. Mas na história da Igreja Católica já houve episódios de pontífices que caíram.

Por Eduardo Lima
3 jul 2025, 14h00

Não. O Direito Canônico, conjunto de normas legais da Igreja Católica, nem cogita o assunto. O Vaticano não funciona como uma democracia representativa, na qual deputados e senadores podem votar para retirar um governante do poder. Na Santa Sé, que se assemelha mais a uma monarquia, o bispo de Roma é o equivalente de um rei, e tem “poder pleno e supremo” sobre a Igreja.

O que pode acontecer é a renúncia voluntária de um papa, como aconteceu no caso de Bento XVI em 2013. No Código de Direito Canônico da Igreja, a única condição para renunciar ao pontificado é que essa decisão seja tomada livremente, sem pressões externas. Por isso, se houvesse protestos de católicos ao redor do mundo pedindo a saída de um papa, aconteceria o oposto: o pontífice não poderia renunciar porque não conseguiria sustentar que essa foi uma resolução espontânea.

Esses preceitos seguem o dogma da infalibilidade papal: a teologia católica defende que o papa sempre está correto.

Apesar disso, eventuais cismas já foram depostos na história milenar da Igreja Católica. Cinco bispos de Roma diferentes caíram entre os séculos 10 e 15, geralmente por causa de brigas políticas entre facções diferentes dentro da Igreja. Ao longo da Idade Média surgiram inclusive pelo menos 40 “antipapas” – pessoas que desafiam o pontífice oficial e reivindicavam o título de líder do catolicismo para si. Desde que o direito canônico se consolidou, porém, os antipapas pararam de aparecer e a vida dos papas ficou mais tranquila.

Compartilhe essa matéria via:
Continua após a publicidade

Dito tudo isso, houve um episódio bizarro na história da Igreja que se assemelha a um impeachment. Em 897, um julgamento inusitado aconteceu: o papa Formoso virou réu por suas transgressões no cargo, mas só depois de morto. Um cadáver de 7 meses foi julgado pelo papa Estevão 6, que anulou todo o papado de Formoso num impeachment póstumo. Depois que seu juiz morreu, porém, Formoso teve sua posição como papa restaurada pela Igreja.

Pergunta de @ferrofontes, via Instagram

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA CONTEÚDO LIBERADO

Digital Completo

Enquanto você lê isso, o mundo muda — e quem tem Superinteressante Digital sai na frente.
Tenha acesso imediato a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 63% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Superinteressante todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.