Os aviões sempre andam na linha mais reta possível entre dois pontos?
Sai um voo a cada 15 minutos entre Rio de Janeiro e São Paulo. Agora imagine se todos fizessem a mesma rota.
Não, embora os caminhos sejam tão curtos quanto possível. Para evitar colisões, existem as chamadas aerovias. Essas rotas imaginárias, criadas pelas autoridades aeronáuticas de cada país (no caso do Brasil, o DECEA), levam em conta movimento, clima, proximidade entre aeroportos, áreas restritas etc.
Além da trajetória, as aerovias também delimitam a altitude que deve ser seguida. Dois aviões podem usar a mesma estrada aérea ao mesmo tempo, mas em altitudes diferentes. A distância mínima entre duas aeronaves é 1.000 pés (305 metros) ou 2.000 pés (610 metros) em alguns casos.
“Se durante um voo houver necessidade de desvio de rota, ele deve ser feito por outra aerovia. Nunca fora delas”, diz Jorge Henrique Bidinotto, professor do Departamento de Engenharia Aeronáutica da USP de São Carlos.
Qualquer mudança de rota deve ser autorizada pelo Controle de Tráfego Aéreo, que monitora as aeronaves por meio de equipamentos de navegação. As aerovias e informações de navegação estão explicitadas nas cartas de rota. A mostrada abaixo corresponde à região Sudeste do Brasil:
Essas rotas surgiram após a 2º Guerra Mundial, com o aumento do tráfego aéreo e riscos de acidentes. Antes disso, as aeronaves geralmente seguiam o menor trajeto possível entre dois aeroportos.