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Por que o bicho de pelúcia mais comum é o urso?

Muito antes do bebê reborn, os ursinhos foram um dos primeiros brinquedos a viralizar – e tudo graças a uma costureira alemã e um presidente americano.

Por Rafael Battaglia
15 jun 2025, 16h00

A primeira empresa a produzir animais de pelúcia em larga escala foi a alemã Steiff, nos anos 1880. A fundadora da companhia, Margarete Steiff, se inspirou nas revistas de costura da época – em uma delas, havia instruções sobre como fazer um boneco de elefante.

Margarete, que havia se especializado em roupas de feltro (lã compactada), usou o material para criar um alfineteiro no formato de elefantinho. As vendas foram tímidas no início, mas ela seguiu fazendo novos animais: macaco, leão, papagaio e, claro, urso. 

A Steiff mudou a estratégia e passou a vender os alfineteiros como brinquedos. Era uma alternativa mais resistente e barata às bonecas de porcelana da época. Foi um sucesso: na década de 1890, a empresa já comercializava cinco mil pelúcias por ano, dentro e fora da Alemanha.

Mas o ursinho ainda não era uma estrela. Isso só aconteceu graças a um episódio com o presidente dos EUA Theodore Roosevelt (o bigodudo que Robin Williams interpretou em Uma Noite no Museu).

Em 1902, Theodore partiu em uma caçada no estado do Mississipi para matar um urso-negro. A versão mais famosa dessa história conta que, depois de dias sem encontrar nenhum animal, a comitiva do presidente teria amarrado um urso ferido para que ele cumprisse o objetivo da viagem. Roosevelt, contudo, recusou.

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Essa história ficou famosa nos EUA. O jornal The Washington Post, por exemplo, publicou algumas charges que tiravam sarro do presidente no meio da floresta. Roosevelt havia virado um meme.

Em um dos desenhos do Post, o urso aparece como um filhote preso a uma coleira. A imagem inspirou Morris Michtom, um comerciante de Nova York que viu no ursinho uma chance de surfar nessa história. Ele pediu à esposa para fazer bonecos baseados na charge e passou a vendê-los sob o nome “Teddy’s Bear” (“urso do Teddy”), apelido do presidente.

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O bichinho fez tanto sucesso que Roosevelt, mesmo detestando a piada, usou a pelúcia como o mascote da sua campanha de reeleição. E, quando a Steiff começou a vender o seu urso nos EUA, não teve alternativa senão também batizá-lo de teddy bear.

Uma parcela conservadora da população americana não gostou nem um pouco do brinquedo, sob o argumento de que ele afastaria as meninas das bonecas tradicionais e, consequentemente, da ideia de terem filhos. Mas não colou: em 1907, somente a Steiff era responsável pela venda de um milhão de pelúcias por ano. 

O sucesso continuou nas décadas seguintes. Nos anos 1920, o brinquedo foi a inspiração para os livros do Ursinho Pooh – e, em 1957, apareceu em uma canção de Elvis Presley. E foi assim que o urso de pelúcia virou um ícone pop.

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 Pergunta de Alessandro Alcantara de Mendonça, de Luziânia (GO), via e-mail

Fonte: artigo The Teddy Bear Was Once Seen as a Dangerous Influence on Young Children”, do Smithsonian Magazine. Livro Kids’ Stuff: Toys and the Changing World of American Childhood.

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