“Coquetel” vem do inglês cocktail, que significa, literalmente, “rabo de galo” – daí o nome do drink com cachaça, vermute e Cynar servido nos botecos brasileiros.
Por que rabo de galo? Ninguém sabe. De acordo com a maior publicação dos bartenders, o Difford’s Guide, a hipótese mais aceita é que o nome cocktail tenha surgido na Inglaterra, no século 18, para se referir a certos cavalos de corrida de raça mista cujas caudas eram altas e exuberantes. Cavalos vira-latas – como os drinks, que misturam diferentes bebidas.
Um dos drinks mais antigos é o Old Fashioned (cujo nome significa, ao pé da letra, “à moda antiga”): uísque com açúcar, casca de laranja e gotas de tônicos herbais amargos, os bitters. O bitter mais famoso é a Angostura, vendida em garrafinhas icônicas com um rótulo enorme e tampa amarela.
A receita da Angostura foi criada em 1824 por um cirugião alemão que trabalhava na Venezuela. Originalmente, tratava-se de um remédio (que, como tantas outras panacéias do século 19, não curava nada). Angostura, por sua vez, era o nome da cidade em que o médico trabalhava, que hoje se chama Ciudad Bolívar.
A coisa complicou um bocado desde os tempos do Old Fashoned. Existe um coquetel chamado Commonwealth que contém 71 ingredientes: um para cada ex-colônia britânica (daí o nome). Essa é, de longe, a bebida mais complicada do mundo.
Por sua vez, o Isabella’s Isley, de US$ 6,2 milhões, é o uísque mais caro do mundo. A garrafa tem 8.500 diamantes, 250 rubis e 11 kg de ouro branco. Nem dá coragem de fazer um Old Fashioned com ele.
Pergunta de Sofia Kercher, repórter da revista Você S/A.