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Quem escolhe os filmes e séries que passam no avião?

Não, não é o piloto (desculpe desapontá-lo).

Por Rafael Battaglia
5 nov 2025, 14h00

Quem faz isso são as empresas especializadas em entretenimento de bordo (in-flight entertainment, ou IFE). Elas fazem a ponte entre as distribuidoras e as companhias aéreas (e também negociam músicas, jogos e todo conteúdo que você acessa para o voo passar mais rápido).

As empresas de IFE compram os direitos de exibição das obras. Todo mês, as distribuidoras (Warner, Disney, Sony etc.) divulgam uma lista de produções que podem ser adquiridas temporariamente para os voos. (A Netflix, diga-se, não vende para aviões).

Estreias do cinema costumam ficar disponíveis quatro meses após saírem de cartaz. Antes, era comum que o lançamento nos aviões coincidisse ou até acontecesse antes da chegada do filme para aluguel. Hoje, é diferente, já que as plataformas de streaming e as mudanças no mercado após a pandemia encurtaram a janela de exibição.

A escolha cabe ao time de curadores dessas empresas, sempre de acordo com as exigências das companhias aéreas. Eles têm acesso aos dados de exibições de voos anteriores. Assim, dá pra saber quais os conteúdos e gêneros favoritos de cada região. Comédia e ação dominam. Terror é pouco visto. 

Para além dos gigantes de Hollywood, as empresas de IFE podem negociar com produtoras independentes. “Na Scandinavian Airlines, da Escandinávia, notamos que filmes do circuito alternativo fazem bastante sucesso”, disse Vitor Brito, gerente de aquisições e parcerias da Touch Inflight Solutions. São filmes cujos direitos de exibição costumam ser mais baratos. Ou seja: todo mundo sai ganhando.

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Às vezes, a Touch e outras empresas do ramo precisam editar o material original. Cenas de violência e sexo explícitos podem ser cortadas, bem como as de acidentes aéreos. Em alguns filmes, não dá pra mexer. “O diretor Yorgos Lanthimos deixou claro em seu contrato que não aceitaria alterações no filme Pobres Criaturas, por exemplo”, disse Brito.

O próximo passo é adaptar os conteúdos para as telinhas do avião. Os estúdios enviam grandes arquivos-mãe que precisam ser compactados. As empresas de IFE fazem esse trabalho e enviam um pacote com legendas, sinopses e pôsteres para os softwares que rodam na aeronave (as TVs embutidas nos assentos ou, como tem sido cada vez mais comum, nos sistemas wireless, no qual os passageiros usam o próprio celular).

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A forma de upload de conteúdo varia de acordo com o modelo do avião: sem fio, USB ou, no caso das aeronaves mais antigas, fita cassete. 

A adoção de novas tecnologias acontece em passos mais lentos na aviação. Não só pelo tamanho das frotas, mas também porque é preciso estabelecer um sem-fim de protocolos de seguranças de streaming talvez não precisem. É por isso que alguns sistemas de entretenimento de bordo parecem meio velhos. É porque são, mesmo.

E qual o preço dessa brincadeira? Depende do pacote adquirido. A Touch não revela os acordos finais firmados com os seus clientes. Mas, no site da empresa, dá para fazer simulações. Usando dados da Gol (frota de 121 aeronaves e 800 voos por dia), a compra de um pacote com 75 filmes (sendo 15 lançamentos) e 40 programas de TV, com possibilidade de atualização mensal do catálogo, sairia por US$ 600 mil mensais (R$ 3,2 milhões).

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