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5 teorias sobre o fim do Universo

Por Redação Super
Atualizado em 3 set 2024, 10h12 - Publicado em 17 jul 2014, 17h20

Por Luíza Antunes

Nós mal sabemos quem somos e por que existimos. E ainda por cima temos que nos preocupar com a forma com que tudo vai terminar. Mas se tem uma coisa que os cientistas e os religiosos compartilham é uma visão apocalíptica do fim do nosso Universo. Calma, não estamos dizendo que todos os físicos acreditam que vamos arder no mármore do inferno no fim dos tempos. Na verdade, eles têm umas ideias que envolvem escuridão total, nos rasgar em pedaços e até mesmo congelar o tempo. Se quiser entender melhor o nosso possível fim, conheça 5 teorias científicas sobre o fim do Universo:

 

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1. Big Rip

Sabemos que o Universo está em expansão, mas temos muitas dúvidas sobre como e por que exatamente isso acontece. Uma das teorias é a existência de uma energia escura, que ao contrário da gravidade, empurra as coisas para longe uma das outras. Para os cientistas, mais ou menos três quartos de tudo o que tem no Universo é constituído de energia escura. A teoria do Big Rip prevê que a taxa de expansão do Universo aumente com o tempo. Eventualmente, as galáxias vão se separar, os planetas vão ficar cada vez mais longe até que os átomos também se distanciem uns dos outros. Ou seja, no final, seremos rasgados em pedaços.

Leia também: O que é energia escura?

 

2. Big Crunch

Se o Universo começou com o Big Bang, ou seja, uma grande explosão que iniciou sua expansão, há uma teoria que acredita que ele irá terminar da mesma maneira. Só que tudo ao contrário. O nome dessa teoria é Grande Colapso, ou Big Crunch. Em resumo, a atração gravitacional causaria uma contração do Universo, até o seu eventual colapso. Para isso ocorrer, a energia do Universo – e suas 10 trilhões de bilhões de estrelas – se concentraria num único ponto minúsculo, denso e quente, como nos primórdios. Começaria, então, um novo ciclo de expansão e contração. Segundo essa teoria, a energia escura teria o papel de espalhar energia e matéria produzidas no Big Bang, preparando o Universo para começar tudo de nvo. Essa teoria de um Universo cíclico também pode ser chamada de Big Bounce.

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3. Buracos Negros

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Buracos negros são regiões no espaço com massa muito densa, o que faz com que nada escape do seu campo gravitacional, nem mesmo a luz. Eles são formados com a energia da explosão de estrelas e podem ser pequenos (cerca de 100 massas solares) ou gigantescos (com dezenas de bilhões massas solares). O fato de existirem buracos negros imensos ainda intriga os cientistas. Em meio a isso tudo, há uma teoria que acredita que vamos terminar com o Universo completamente engolido por buracos negros. Partindo do pressuposto de que existem galáxias inteiras com buracos negros massivos em seus centros, alguns pesquisadores creem que a maior parte da matéria no Universo orbita os buracos. De acordo com a teoria, vai chegar um ponto em que eles devorarão toda essa matéria e, em seguida, engolirão uns aos outros, gerando um universo completamente escuro. No estágio final, o último massivo buraco negro perderia sua massa e evaporaria no nada.

Leia também: O que são buracos negros?

 

4. Morte térmica do Universo

A teoria da morte térmica do Universo não quer dizer que vamos morrer congelados com o frio extremo ou fritos com o calor absoluto. Na verdade, de acordo com essa ideia, não haveria mudanças drásticas de temperatura no fim do Universo. Vamos começar do começo. A segunda lei da termodinâmica afirma: “A quantidade de entropia de qualquer sistema isolado termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo”. Se considerarmos o Universo um sistema isolado, dá para concluir que vai chegar um tempo em que alcançaremos a entropia máxima e toda a energia será distribuída de forma totalmente igual. Segundo a teoria, quando isso acontecer, será o fim de todos os fenômenos físicos. Não haverá mais movimento. E nem vida.

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5. Cruzando a barreira do tempo

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Essa teoria é tão maluca que pode ser um pouco difícil explicar. A questão é o seguinte: nossas leis da física só funcionam para explicar um universo finito. O problema é que os pesquisadores acreditam que, na verdade, vivemos num multiverso infinito – onde vários universos com leis diferentes existem paralelamente. Além disso, estamos em expansão. E agora você se pergunta: o que isso tem a ver com as leis da física e, mais importante, com o tempo?

Funciona mais ou menos assim: quando você tenta calcular probabilidade num universo infinito, percebe que tudo tem 100% de chance de acontecer. Isso é um paradoxo, que acabaria levando a uma série de confusões nos cálculos dos cientistas para prever o futuro do nosso Universo e explicar os eventos que acontecem. Para resolver esse problema, os físicos definem uma porção finita no espaço-tempo para fazer suas contas de probabilidade. Um desses físicos, Raphael Bousso, da Univeridade de Berkeley, na Califórnia, explica que essa porção de espaço-tempo definida pelos cientistas se comporta como uma estrutura real no multiverso. Então, para que as leis da física e da probabilidade façam algum sentido, esse “multiverso” estatístico precisa ter fronteiras reais, não pode se expandir.

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Agora vem a parte mais complexa: eventualmente, pelos cálculos de Bousso, existe 50% de chances de que a barreira do tempo (da porção estatística de espaço-tempo) vai ser cruzada daqui a 3,7 bilhões de anos. E daí? Daí que, com isso, o Universo – esse em que a gente vive – acaba sem que as pessoas que viverem nessa época sejam capazes de perceber, como se tivessem eternamente congeladas no tempo.

A gente avisou que era uma ideia meio maluca.

 

Via Listverse

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