A Mona Lisa e outras incríveis obras baseadas no Número de Ouro
Por Daiane Brito O quadro mais famoso de Leonardo da Vinci provoca filas e empurrões no Museu do Louvre, em Paris. E não é para menos. Por trás de seus belos traços está o Número de Ouro, o phi (cuidado para não confundir com pi, ok?). Presente na Sequência de Fibonacci, o tão perseguido phi […]
Por Daiane Brito
O quadro mais famoso de Leonardo da Vinci provoca filas e empurrões no Museu do Louvre, em Paris. E não é para menos. Por trás de seus belos traços está o Número de Ouro, o phi (cuidado para não confundir com pi, ok?). Presente na Sequência de Fibonacci, o tão perseguido phi (aproximadamente 1,618) está presente em vários elementos da natureza e da arte. A começar pelo girassol, tema de um outro post desse blog.
Relembrando: todo resultado da divisão de um dígito da sequência pelo anterior se aproxima desta proporção áurea. Quanto mais você avança na série, mais perto fica (8/5 = 1,6, 89/55 = 1,618). O Número de Ouro inspira poesia, música e artes plásticas por suas formas harmoniosas. Mona Lisa é prova disso.
No quadro é possível verificar várias referências à razão áurea. Se desenharmos um retângulo em torno do rosto da personagem, a altura dividida pela largura dará aproximadamente 1,618. O mesmo resultado será observado na maioria das pinturas em que a anatomia tenha sido respeitada.
As proporções do corpo humano, aliás, são consideradas divinas desde a cabeça às pontas dos pés. É possível se aproximar do Número de Ouro calculando, por exemplo, a divisão da sua altura pela medida do seu umbigo até o chão. Uma pesquisa na Bélgica observou que a relação entre o comprimento e a largura de um útero é de 1,6 entre as mulheres em suas idades mais férteis, dos 16 anos aos 20 anos. A proporção não é exclusividade humana. A divisão entre o número de abelhas fêmeas e machos numa colmeia se aproxima de 1,618.
Há diversas teorias sobre a construção das famosas pirâmides do Egito. Alguns estudos apontam a presença de phi em relação à base e sua altura, além da distância entre os blocos. Uma das obras-primas de Gaudí, a Sagrada Família, em Barcelona, tem vários elementos inspirados na natureza, como a escada em espiral, um segmento crescente a partir das medidas áureas sucessivas e que lembra a concha de um caracol.
A música também traz o Número de Ouro. Há 13 notas em cada oitava no piano e existem artigos que relacionam composições de Mozart, Schubert, Beethoven (sinfonias Quinta e Nona) à razão áurea. O clímax de músicas também é frequentemente encontrado aproximadamente no ponto phi (61,8%) da canção. Até a literatura já lançou mão da matemática. No poema épico grego Ilíada, de Homero, que fala sobre a Guerra de Troia, a proporção entre as estrofes maiores e as menores é um número próximo a 1,618.
Foto: Creative Commons