Em todas as esferas da vida os seres humanos se confrontam com uma questão: o que é certo e o que é errado? A pergunta está na base de um dos principais ramos da filosofia: a ética. A palavra grega thikós (derivada de ethos, “modo de ser, caráter”) foi usada pela primeira vez por Aristóteles. Mas foi Sócrates, no século 5 a.C., que iniciou a discussão. Na época, a Grécia vivia a substituição da nobreza por uma nova classe, de empreendedores comerciais. Esse movimento levou os filósofos a questionarem normas de conduta para a sociedade, já que o critério do nascimento, para ter poder, não era mais dominante em muitas situações.
Platão dizia que diferentes papéis sociais demandam éticas diferentes. Aristóteles sustentava que a ética depende de faculdades naturais dos seres humanos, como o pensamento. E a ação ética, mesmo partindo de uma conduta interna, deveria ser boa tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. Para determinar isso, o filósofo apontou 3 virtudes: temperança, coragem e justiça. Se ninguém tivesse pensado nisso, provavelmente o mundo estaria muito mais caótico do que está. Mas, milhares de anos depois, os humanos ainda divergem sobre o que é ético ou não, e a discussão continua um dos mais importantes temas da filosofia.