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House of the Dragon: Como os Targaryen chegaram ao poder

Se você nunca leu os livros de Game of Thrones, talvez não conheça os detalhes de como essa família foi parar no Trono de Ferro. Confira o resumo para não ficar perdido no primeiro episódio da nova série.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 25 out 2022, 09h13 - Publicado em 19 ago 2022, 12h22

Os fãs de Game of Thrones vão matar a saudade de Westeros no próximo domingo (21). House of the Dragon (ou A Casa do Dragão) estreia às 22h (horário de Brasília) na HBO. A série também estará disponível para os assinantes da plataforma HBO Max.

O spin-off tem o mesmo clima de Game of Thrones, mas com outros rostos: ela se passa 172 anos antes do nascimento de Daenerys Targaryen, e consequentemente antes de todos os outros personagens. Quem governa os sete reinos é o rei Viserys Targaryen, que está em busca de um herdeiro para o Trono de Ferro.

Logo no primeiro episódio você deve ouvir alguns nomes de personagens que não aparecem na série: Aegon, Visenya… Eles têm relação com a ascensão dos Targaryen ao poder, que ocorreu anos antes. Essa história é bem explicada nos livros, mas não tanto na série. Para não ficar perdido em House of the Dragon, confira o resumo de como a casa do dragão conquistou Westeros.

Perdição de Valíria

Anos antes dos acontecimentos de House of the Dragon, a família Targaryen vivia em Valíria, uma cidade importantíssima de Essos. (Ela chega a aparecer em um dos episódios de Game of Thrones, mas em ruínas. Já vamos explicar por quê). Tratava-se de uma civilização avançada, que dominava sua região cultural e militarmente.

Ilustração da cidade de Valyria.
(Ted Nasmith/Reprodução)

Valíria era governada pelos senhores de dragões. Os povos valirianos foram os únicos capazes de domar essas criaturas – daí sua influência. Eles também tinham cabelos brancos e beleza indescritível, por isso costumavam casar entre si para manter o “sangue puro”Existiam 40 famílias nobres que comandavam a cidade. Qualquer um que tivesse terras tinha voz, mas só duas ou três famílias de fato rivalizavam pelo poder. Os Targaryen eram um clã menor entre elas, e não tinham muito poder político.

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Ilustração de Aegon e Rhaenys Targaryen.
(Magali Villeneuve/Reprodução)

Certa noite, a menina Daenys Targaryen, filha do patriarca da família, sonhou que um evento cataclísmico aconteceria em Valíria. Seu pai, Aenar Targaryen, confiou na visão da filha e se mudou com toda a família e seus cinco dragões para Westeros. Eles se estabeleceram em Pedra do Dragão, que já era uma região conhecida pelos valirianos.

Doze anos depois, quando os Targaryen já estavam são e salvos em Westeros, veio o tal cataclisma. Ninguém sabe ao certo o que ocasionou a catástrofe. Provavelmente foi consequência de um terremoto ou erupções vulcânicas (Valíria ficava localizada entre montanhas vulcânicas conhecidas como Catorze Chamas). O fato é que não sobrou nenhum senhor de dragão para contar a história.

Esse evento ficou conhecido como Perdição de Valíria.

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A conquista de Aegon

Por cem anos após a Perdição de Valíria, os Targaryen não se interessaram pelos assuntos de Westeros, mas permaneceram como senhores de Pedra do Dragão. Foi só com o nascimento de Aegon I, tatara tataraneto de Daenys (a sonhadora), que as coisas mudaram.

Ele se casou com suas duas irmãs: Visenya, mais velha que ele, e Rhaenys, mais nova. Eles nasceram e cresceram em Westeros, que naquela época era dividido em sete reinos independentes: o Norte, governado pelos Stark; Dorne, pelos Martell; Terras Ocidentais, pelos Lannister; Campina, pelos Gardener; o Vale, pelos Arryn; Ilhas de Ferro, pelos Hoare e Terras da Tempestade, pelos Durrandon.

Ilustração de Aegon, Rhaenys e Visenya.
(Amok/Reprodução)

Aegon era mais ambicioso que seus predecessores. Por volta dos 27 anos, quando já era Lorde de Pedra do Dragão, enviou uma carta aos sete reinos: daquele dia em diante, só haveria um rei em Westeros. Os que se curvassem a Aegon poderiam manter suas terras e títulos. Os que recusassem seriam massacrados. 

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Era uma ameaça e tanto: Aegon, Visenya e Rhaenys eram os únicos de Westeros com dragões. A maioria dos senhores eventualmente declarou lealdade a Aegon Targaryen, mesmo que após confrontos. Aqueles que apoiaram Aegon desde o início foram elevados a cargos importantes. Orys Baratheon, meio-irmão bastardo de Aegon e fundador da casa Baratheon, foi proclamado “meu escudo, meu leal, minha mão direita” – daí surgiu o cargo de mão do rei.

O único reino que não se rendeu foi Dorne, que permaneceu independente da coroa (e permaneceria assim pelos 100 anos seguintes). Mesmo assim, Aegon se proclamou rei dos Sete Reinos. Esse evento ficou conhecido como Guerra da Conquista. 

Reinado Targaryen

Aegon Targaryen construiu a cidade de Porto Real e colocou ali o Trono de Ferro. Desde então, a dinastia Targaryen passou a reinar em Westeros, com o poder sendo passado hereditariamente. O filho de Aegon com Visenya ficou conhecido como rei Maegor I, “o cruel”. Já o filho com Rhaenys foi o rei Aenys I. O filho de Aenys I foi o rei Jaehaerys I, “o conciliador”. 

Para escolher o sucessor de Jaehaerys I foi montado um conselho para optar entre dois possíveis herdeiros: Viserys I (um homem) ou Rhaenys (uma mulher), ambos netos de Jaehaerys.

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É aí que se iniciam os acontecimentos de House of the Dragon. Viserys I (interpretado por Paddy Considine) foi escolhido para se tornar rei de Westeros, enquanto sua prima Rhaenys (Eve Best) fica conhecida como “a rainha que nunca foi”. O foco da série são as brigas pela sucessão do trono.

House of the Dragon estreia este domingo (21) às 22h na HBO e HBO Max. Confira o trailer abaixo.

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