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Arqueólogos encontram mais de 8 mil ossos de sapos em Cambridge

Os restos mortais de cerca de 350 anfíbios estavam em uma vala, perto de um assentamento da Idade do Ferro; pesquisadores tentam entender a descoberta misteriosa.

Por Luisa Costa
Atualizado em 26 jul 2022, 13h38 - Publicado em 13 jun 2022, 16h42
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  • Um misterioso enterro em massa está intrigando arqueólogos na Inglaterra. Mais de oito mil ossos de sapos e rãs foram encontrados dentro de uma vala próxima a Cambridge, cerca de 75 quilômetros ao norte de Londres.

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    A descoberta foi feita pelo Museu de Arqueologia de Londres (Mola) e aconteceu em escavações realizadas entre 2016 e 2018, em uma área de 234 hectares. Essas investigações rolaram em meio à construção de uma estrada inglesa chamada A14 – que também revelou ossos de mamutes e rinocerontes pré-históricos.

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    Acredita-se que os ossos encontrados pertençam a cerca de 350 anfíbios. Enterrados em uma vala de 14 metros de comprimento, eles estavam próximos ao que restou de um assentamento que existiu por ali entre 400 a.C. e 43 d.C. (durante a chamada Idade do Ferro).

    Não é incomum encontrar ossos de anfíbios em escavações arqueológicas. Eles já apareceram na cidade de Amesbury (Inglaterra), por exemplo, mas tinham cortes ou marcas de queimadura – indícios de que os animais serviam de alimento para as pessoas que moravam em assentamentos pré-históricos por lá.

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    Mas os ossos encontrados próximos a Cambridge são diferentes: eles não têm essas marcas. Além disso, o número de ossos é “extraordinário”, segundo Vicki Ewens, pesquisadora do Mola. Ainda não se sabe ao certo o que explica a concentração desses restos mortais, mas há algumas hipóteses. 

    Uma arqueóloga examinando as amostras em um microscópio.
    Vicki Ewens faz parte da equipe que está analisando os ossos encontrados. (MOLA/ANDY CHOPPING/Reprodução)

    Há evidências de antigas culturas de grãos no local, por exemplo, que poderiam atrair besouros ou pulgões – estes, por sua vez, atrairiam anfíbios que buscavam alimento. Segundo os pesquisadores, os sapos e as rãs também podem ter caído na vala enquanto buscavam uma lagoa para reprodução.

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    “Esse acúmulo de restos mortais pode ter sido causado por vários fatores diferentes, possivelmente interagindo por um longo período de tempo – só não temos certeza ainda do que eram [esses fatores]”, explica Ewens à BBC.

    Além dos ossos, pequenas quantidades de lixo doméstico foram encontradas na vala, como fragmentos de cerâmica da Idade do Ferro.

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