Navio de carga medieval é encontrado durante obras na Estônia
Embarcação de 700 anos foi encontrada a apenas 1,5 metros de profundidade – e talvez tenha pertencido à Liga Hanseática. Entenda.
Em Tallinn, capital da Estônia, uma equipe de construção civil estava trabalhando na fundação de um novo prédio quando fez uma descoberta arqueológica. A 1,5 metros de profundidade, estavam os restos de um navio de aproximadamente 700 anos.
O navio foi encontrado no início de abril, próximo a um antigo porto de Tallinn. Ele é feito de madeira de carvalho, tem 24 metros de comprimento e nove de largura. Dá para ver que o navio era era maior ainda, mas a proa está danificada.
Os anéis de árvores presentes nas madeiras foram analisados por cientistas, que concluíram que o navio provavelmente foi construído no início do século 14. Ele é semelhante a outros navios encontrados na Europa que datam do mesmo período – como outro também encontrado em Tallinn em 2015.
Ele provavelmente é um navio de carga, mas ainda não se sabe de onde veio – os estudos a seu respeito acabaram de começar. Mas uma hipótese é que ele tenha sido usado pela Liga Hanseática: uma aliança de aproximadamente 100 antigas cidades mercantis (como Tallinn), que dominaram os mares do norte da Europa entre os séculos 13 e 15.
Alguns objetos encontrados dentro do barco podem fornecer pistas sobre sua idade e origem. Até agora, foram encontrados barris de madeira, cerâmica, ossos de animais, objetos de couro e tecidos.
O navio está bem preservado, e diferentes camadas de areia ainda estavam visíveis dentro dele. Segundo Priit Lätti, pesquisador do Museu Marítimo da Estônia, é provável que o mar tenha preenchido gradualmente o navio ao longo dos séculos.
Quando os restos foram encontrados na escavação – feita em uma área de proteção patrimonial – um arqueólogo já acompanhava a construção. O Museu Marítimo da Estônia foi avisado para que se registrasse a descoberta e se iniciasse os estudos a respeito do navio.
Por enquanto, só a proa do navio está escavada. As escavações vão continuar até que seja possível retirar o navio do canteiro de obras onde foi encontrado, para examiná-lo melhor e preservá-lo.