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Peixe extinto: Vitória em perigo

O sumiço do peixe reverse-tooth cichlid é um claro sintoma de que o homem está maltratando o segundo maior lago de água doce do mundo

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
31 out 2004, 22h00 • Atualizado em 31 out 2016, 19h04
  • Maurício Oliveira

    O desaparecimento do reverse-tooth cichlid, um peixe da família dos ciclídeos que ganhou esse nome por apresentar uma mordida levemente cruzada quando saboreava pequenos moluscos, foi interpretado como um sinal claro de que havia algo errado com seu habitat, o Lago Vitória. Com 69 000 quilômetros quadrados, que se dividem entre os territórios da Tanzânia, do Quênia e de Uganda, o Vitória é o segundo maior lago de água doce do mundo. Não é difícil imaginar a importância que uma reserva de água desse porte tem para esses três países africanos: um terço dos 90 milhões de habitantes é abastecido pelo Vitória. Estima-se que três milhões de pessoas obtenham o sustento diretamente dele. O lago fornece 200 000 toneladas de peixe por ano, água para agricultura e para uso industrial, energia hidroelétrica e é uma das principais atrações turísticas da África.

    O reverse-tooth cichlid, que atingia até 15 centímetros de comprimento e era parente do acará brasileiro, sucumbiu às mudanças de condições no Vitória causadas pela interferência humana. Além do lixo e dos dejetos domésticos, indústrias de vários setores despejam resíduos no lago há décadas. O uso exagerado de herbicidas e pesticidas na agricultura também tem contaminado as águas ao longo dos anos, assim como o mercúrio usado nos garimpos de ouro da região. Como obstáculo adicional à sobrevivência das espécies nativas de peixe, houve nos anos 70 a introdução de duas espécies, a tilápia-do-nilo e a perca-do-nilo, que rapidamente se tornaram predominantes no lago, reduzindo o espaço das 400 espécies que já estavam lá. Outro fenômeno foi a multiplicação das algas, o que reduziu a oxigenação da água.

    Reverse-Tooth Cichlid

    Nome científico: Hoplotilapia retrodens

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    Ano da extinção: 1996

    Habitat: Tanzânia, Quênia e Uganda (Lago Vitória)

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