A origem sangrenta dos contos de fadas, parte 4: A Princesa e o Sapo
A história não tinha nada de romance. Conheça também os verdadeiros detalhes de Os Três Porquinhos
Violência doméstica
Esqueça o lindo romance que sobrepujou preconceitos e uniu A Princesa e o Sapo. Quando surgiu, a história falava sobre amizade: uma princesa mimada perdia sua bola favorita e um sapo falante se oferecia para encontrá-la. Surgia assim uma bela parceria – e o bicho até ia morar com a garota. Mas, certo dia, irritada com o amigo grudento, a princesa arremessava o coitado na parede! E, para nossa surpresa, era isso que quebrava a maldiçao: ele se revelava um lindo príncipe. Ou seja, nada de beijo, nada de amor verdadeiro: o casal só ficou unido porque brigaram muito e partiram para a porrada!
Triple x-termínio
A história dosTrês Porquinhosé uma das que sofreu menos mudanças desde sua origem. Sua moral foi mantida: quem trabalha e pensa no futuro se dá melhor em alguma emergência. Mas, para ensinar essa lição, o conto é bem mais violento do que sua versão atual. Os dois primeiros rabicós não conseguem fugir depois de ter a casa destruída. Eles são devorados sem dó pelo lobo. Só que o vilão não consegue enganar o terceiro porquinho e nem derrubar a casa dele. Irado, acaba se enfiando na chaminé e caindo num caldeirão, virando janta dessa vez.
Essa é a parte 4 da matéria A Origem Sangrenta dos Contos de Fadas. Confira as outras versões:
Chapeuzinho Vermelho
Bela Adormecida
Branca de Neve
Folclore brasileiro
Cinderela
Alice no País das Maravilhas
João e Maria
A Pequena Sereia
FONTESConte de la Mère-Grand(coletado pelo folclorista Achille Millien por volta de 1870);Pentameron,de Giambattista Basile;Tales of Mother Goose,de Charles Perrault;Children’s and Household Tales,dos irmãos Grimm;Da Fera à Loira,de Marina Warner;A Princesa que Dormia(coletânea publicada pela editora Paraula)