Antes da cirurgia, o médico faz marcações nas áreas que serão lipoaspiradas – sempre nas chamadas “áreas localizadas” do corpo, onde a gordura fica acumulada. Os locais mais comuns são o abdome, os flancos, o culote e as coxas.
Já no centro cirúrgico, o paciente é anestesiado.Dependendo da área que será aspirada, a anestesia pode ser local (para pequenas intervenções, como o queixo), local com sedação, peridural ou geral. Essas duas últimas são mais utilizadas em lipos feitas em hospital. As incisões têm entre 5 e 7 mm e são feitas em locais que podem ser cobertos por roupas.
Nos orifícios são inseridas as cânulas – uma espécie de tubo de metal –, que atravessam as camadas da pele (epiderme) até atingir a camada profunda de gordura (lanelar), que possui células mais moles e fáceis de aspirar. A cânula é ligada a um lipoaspirador, um aparelho elétrico que exerce uma pressão negativa para sugar a gordura, que vai para um frasco coletor. É comum começar com a cânula mais grossa (6 mm), para agilizar o processo, e finalizar com a mais fina (1,5 mm), quando há pouca gordura.
O procedimento pode levar entre três e seis horas, dependendo do volume de gordura. Depois da aspiração, as incisões são suturadas. O tempo de recuperação total é de até 60 dias, seguindo uma dieta hipocalórica e utilizando malha compressora para modelar o corpo. Antes da aspiração, uma solução de soro fisiológico e adrenalina é injetada pela cânula para produzir a vasoconstrição, que ameniza o sangramento.
É possível tirar, no máximo, de 3 a 7% do peso total para não correr o risco de desenvolver doenças como anemia e desidratação.
FONTES Sebastião Guerra, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; Fabio Rosa de Almeida, cirurgião plástico; Alberto Okada, cirurgião plástico da Clínica Essere.