Como funciona a pílula masculina?
– É verdade que diabéticas não podem tomar pílula anticoncepcional? – Quais são os métodos anticoncepcionais mais seguros? – Pílula masculina tira o tesão? O funcionamento sexual masculino envolve vários hormônios. O cérebro produz alguns deles, como o GnRH, o FSH e o LH. Estes dois últimos comandam a atividade dos testículos, que produzem outro […]
– É verdade que diabéticas não podem tomar pílula anticoncepcional?
– Quais são os métodos anticoncepcionais mais seguros?
– Pílula masculina tira o tesão?
O funcionamento sexual masculino envolve vários hormônios. O cérebro produz alguns deles, como o GnRH, o FSH e o LH. Estes dois últimos comandam a atividade dos testículos, que produzem outro hormônio, a testosterona, e também os espermatozoides, as células reprodutivas masculinas.
Diferentemente da versão feminina, a pílula masculina mais viável, ainda em fase de testes no Instituto de Pesquisa para o Planejamento Familiar, em Pequim, não é um comprimido, mas uma injeção de testosterona misturada a óleo de semente de chá. A dose de hormônio sintético entra no organismo e é absorvida aos poucos pela corrente sanguínea.
Com a injeção, o cérebro capta a mensagem de que o organismo produziu hormônio o suficiente. Os receptores avisam outro hormônio, o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), espécie de gerente do processo, que a fabricação está satisfatória. Então, o GnRH ordena que a fabricação de FSH e LH ganhe uma folga.
Sem FSH e LH, os testículos não recebem o aviso para iniciar a produção de testosterona e espermatozoides. O nível de testosterona não muda, porque o testosterona “importado” foi injetado no organismo. Mas os espermatozoides param de ser fabricados. Assim, quando ejacular, o homem que tomou a “pílula” não terá espermatozoides no sêmen.
Defeitos colaterais
De impotência a doenças, os riscos da pílula masculina
A pílula masculina vem sendo estudada pelos cientistas desde os anos 80. O problema é que, ao contrário da pílula feminina, os efeitos colaterais são muito imprevisíveis. Há risco de doenças cardiovasculares, câncer de próstata, variações de humor e até infertilidade mesmo depois de o paciente parar de tomar o medicamento. É por isso que ela ainda está na fase de testes e não está à venda nas farmácias. Outras versões da pílula, sem hormônios, foram testadas, como substâncias capazes de impedir os espermatozoides de se movimentarem ou que paralisam os músculos responsáveis pela sua liberação. Mas o efeito colateral é ainda pior: o cara que tomar essa versão pode até ficar impotente!