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Dia das Crianças: Revista em casa por 9,90

Qual é a quantidade normal de batimentos cardíacos? E quando fica fora do normal?

Sair do normal nem sempre é motivo para alarme.

Por Victor Bianchin
6 out 2025, 14h00

“Meu coração pulou uma batida. E depois outra. E depois mais uma. Até que nenhum ar estava entrando ou saindo e eu pude notar que meu coração havia parado de bater completamente”. Paciente descrevendo infarto? Não, na verdade é Catalina, a protagonista de Uma farsa de amor na Espanha (sucesso do TikTok!) quando vê seu crush, Álvaro.

Seria de bom tom Catalina procurar um cardiologista, pois o coração pular batidas assim só por causa do avistamento de um boy magia não é normal. De acordo com fontes confiáveis, como a Universidade de Harvard, o normal para uma pessoa adulta saudável em descanso é que o coração tenha uma frequência de 60 a 100 batidas por minuto. Em geral, porém, verifica-se que as batidas para os adultos costumam ficar entre 55 e 85 por minuto.

Há vários fatores que podem mudar essa taxa, como: atividade física, peso, qualidade do sono, uso de medicamentos, estresse, ansiedade, hormônios e consumo de álcool. A gravidez também tem o efeito de aumentar a frequência cardíaca.

Idade Frequência cardíaca normal para pessoa em descanso e desperta
Nascimento até 4 semanas 100 a 205 bpm
4 semanas a 1 ano 100 a 180 bpm
1 a 3 anos 98 a 140 bpm
3 a 5 anos 80 a 120 bpm
5 a 12 anos 75 a 118 bpm
13 a 17 anos 60 a 100 bpm
18 anos e acima 60 a 100 bpm
Fonte: Cleveland Clinic

 

Nosso corpo regula automaticamente nossa frequência cardíaca (os batimentos por minuto): quando estamos fazendo exercícios ou assustados, por exemplo, o corpo entende que nossos músculos precisam estar mais oxigenados e o coração bate mais forte. Quando estamos em descanso e relaxados, os batimentos voltam ao normal.

A frequência cardíaca de cada pessoa tem um valor máximo e um mínimo. A frequência máxima representa seu coração trabalhando do modo mais intenso que consegue para atingir suas necessidades de oxigênio no sangue. É possível aumentar esse valor com a prática frequente de exercícios, mas o corpo humano só consegue suportar a frequência cardíaca máxima por alguns minutos antes de pedir descanso. É por isso que, ao fazer exercícios, é preciso dosar a intensidade de cada atividade para não sobrecarregar o corpo.

Quando os batimentos do coração não estão normais?

Como regra geral, uma frequência cardíaca abaixo de 60 bpm ou acima de 100 bpm pode ser motivo de preocupação. Na medicina, chama-se de taquicardia a frequência cardíaca acima do normal e de bradicardia a frequência cardíaca abaixo do normal.

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Esses dois fenômenos podem estar relacionados a um evento passageiro. No caso da taquicardia, a prática de atividade física ou um momento de grande estresse — ambos podem fazer uma pessoa ultrapassar os 100 bpm. Para bradicardia, o consumo de betabloqueadores (medicamentos aplicados no tratamento de problemas cardíacos) pode fazer os bpm baixarem para menos de 60.

Uma condição médica que pode alterar os batimentos é a arritmia (também chamada de disritmia). Ela ocorre quando os sinais elétricos que mandam o coração bater não funcionam do jeito certo, fazendo com que ele bata rápido demais, devagar demais ou irregularmente. As arritmias não são sempre motivo de preocupação, mas, em casos severos, podem indicar problemas graves no coração e até mesmo causar a morte. 

Em geral, sentir taquicardia ou bradicardia não é motivo para alarme: o corpo muda sua frequência cardíaca várias vezes ao longo do dia e há vários gatilhos para isso, muitos dos quais a gente nem percebe.

Quando devo procurar um médico por causa de batimentos cardíacos irregulares?

Segundo a Universidade Johns Hopkins, estes são bons indicadores de que as flutuações nos seus batimentos cardíacos exigem um acompanhamento profissional:

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  • Sintomas repentinos e anormais: Se a sensação é repentina, ela indica que algo mudou no seu corpo, por isso é importante alertar o médico. Além disso, se a mudança na frequência cardíaca causou ou está causando dores no peito, palpitações, perdas de consciência, perdas de fôlego e sensação de desmaio, também é preciso procurar ajuda.
  • Histórico de condições cardíacas: pessoas com malformação no coração; que já passaram por cirurgia cardíaca; que já infartaram alguma vez; que possuem pressão alta de longa duração sem tratamento; ou ainda com qualquer outra anormalidade no coração. Se esses indivíduos tiverem a presença de ritmos cardíacos irregulares, devem procurar um médico.
  • Histórico de problemas cardíacos na família: Se você tem parentes com histórico de arritmia, infarto e AVC, pode ser que a mudança nos seus batimentos cardíacos exija atenção especial para que não ocorram os mesmos problemas.
  • Vibração: Ao tentar medir seus batimentos com os dedos, preste atenção se você sente uma sensação de vibração em vez de um único batimento. Isso é chamado de “frêmito” e pode ser um sinal de certos problemas cardíacos e circulatórios.
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Como manter uma frequência cardíaca normal?

Manter sua frequência cardíaca saudável é essencial para prevenir problemas do coração, como os infartos e os AVCs. Estas são algumas recomendações médicas:

  • Fazer exercícios: quando feita regularmente, a atividade física fortalece os músculos do coração. Isso melhora sua capacidade de bombear sangue para os músculos, aumentando a oxigenação.
  • Reduzir o estresse: o estresse pode fazer com que seus batimentos cardíacos aumentem de frequência. É possível prevenir isso com meditação e ioga, por exemplo.
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  • Parar de fumar: O tabagismo aumenta a frequência cardíaca média. Parar de fumar faz com que ela volte ao normal.
  • Perder peso: Quanto maior a massa corporal, mais trabalho o coração vai ter para atender todas as partes do corpo com nutrientes e oxigênio.
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