Cortar o sal evita problemas no coração
Embora controlar a quantidade de sal consumida no dia a dia seja uma boa ideia, cortá-lo completamente da dieta pode ser desastroso
O sódio é essencial para o corpo. Ele participa de um mecanismo conhecido como “bomba de sódio-potássio”, que ajuda a manter o equilíbrio das células. Como o sal de cozinha (composto de cloreto de sódio) é uma fonte importante desse mineral, eliminá-lo da dieta pode trazer problemas sérios – até mesmo para o coração. É o que indica um estudo realizado por Hillel W. Cohen, professor da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York, e publicado no American Journal of Medicine em 2006. A equipe de Cohen analisou dados de 7 154 pessoas de 30 a 74 anos que participaram da 2a Pesquisa Nacional de Avaliação da Saúde e Nutrição (NHANES II). Conclusão: durante 13 anos, quem consumiu sódio abaixo de 2 300 miligramas diários (a quantia máxima recomendada pelo governo americano) teve risco 37% maior de morrer por problemas cardíacos. “As recomendações sobre o baixo consumo de sódio se baseiam em estudos que não avaliam as consequências negativas a longo prazo”, afirma Hillel. Segundo ele, não existe uma quantidade-padrão de sódio que sirva para todos. Vai depender de fatores como metabolismo, idade e sensibilidade ao mineral. Mas isso não significa que devemos abusar do saleiro. Até porque a maior parte do sal que ingerimos vem escondida nos alimentos (veja quadro).
O sal que você não vê (miligramas de sódio por 100 gramas de produto)
Biscoito recheado de chocolate – 250 mg
Pizza congelada – 520 mg
Requeijão – 600 mg
Peito de peru – 630 mg
Pão de queijo congelado – 640 mg
Hambúrguer – 720 mg
Mostarda – 800 mg
Sopa instantânea – 1 030 mg
Lasanha congelada – 1 100 mg
Ketchup – 1 200 mg
*11 g de pó, que rende 250 ml de sopa