Mariana Freire
Oarroz contém carboidratos, minerais e vitaminas essenciais ao organismo. Mas não é só isso: a sua casca é feita de silício – o mesmo elemento usado na fabricação dos chips – com o qual é possível produzir cimento da mais alta qualidade. A tecnologia está pronta e patenteada. Foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo, em São Carlos, que resolveram vários problemas de uma tacada só. Assim, essa mesma casca que hoje é um resíduo agrícola poluente se transformará em matéria-prima útil e barata. Outra vantagem: o silício mineral tem de ser extraído do solo, de depósitos que, naturalmente, vêm se tornando escassos com o tempo. Já o que vem do arroz é renovável – daqui para a frente, será como se o cimento fosse “plantado” e “colhido” a cada safra. E que safra! Hoje são produzidas no país 10 milhões de toneladas de arroz e 2 milhões de toneladas de casca, que rendem cerca de 400 000 toneladas de sílica – mais do que suficientes para abastecer as fábricas brasileiras de cimento.
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