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Segunda pele à prova d’água esconde rugas, espinhas e olheiras

Criada por cientistas do MIT, a nova pele e também vai servir para tratar doenças dermatológicas, para manter medicamentos tópicos no lugar e para ajudar na cicatrização de queimaduras graves.

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 nov 2016, 19h13 - Publicado em 11 Maio 2016, 15h30

Chega de base, corretivo, primer e bb cream: em breve, você vai poder esconder todas as imperfeições da sua pele usando uma segunda pele finíssima, formada por apenas por oxigênio e silicone. Essa maravilha não é só um sonho ou projeto – no Massachusetts Institute of Technology (MIT), um grupo de cientistas já conseguiu fabricar (e testar) a tal pele mágica. Batizada de XPL, ela não atrapalha a respiração da pele natural, é imperceptível, à prova d’água e confortável para o uso no dia a dia. 

A XPL é um filme transparente, formado por biomateriais já aprovados pela Food and Drug Administration (FDA, a Anvisa dos Estados Unidos): oxigênio e silicone, ligados em longas cadeias que simulam a espessura e a textura ideais da pele humana. A nova pele vem em forma de creme, e tem dois passos simples de aplicação: primeiro o disfarce, depois a fixação. 

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A pessoa começa espalhando a XPL onde quiser – nas olheiras, sobre as espinhas, cobrindo as rugas. Depois, por cima, ela passa um outro creme, que serve para fortalecer as ligações químicas dos átomos de oxigênio e silicone – isso torna a XPL praticamente impossível de remover (só dá para fazer isso com um composto especial, que quebra as cadeias. Isso é que é à prova d’água, hein?). Apesar de ser super resistente, a segunda pele consegue imitar a elasticidade, a textura e a cor natural da pele jovem – então não fica aquela coisa esquisita, parecendo um plástico enrugado: o resultado é uma camada uniforme e macia. 
 
Maravilhoso, não é? Mas calma, tem mais: este não é o único uso possível para a XPL.  É que os cientistas conseguem alterar as características químicas das cadeias que compõem a tal pele, tornando-as mais ou menos permeáveis – e uma XPL menos permeável pode servir para manter remédios tópicos no lugar, como um tipo de Band-Aid orgânico. Este uso seria ideal para quem tem queimaduras ou para quem sofre de psoríase ou de eczemas, por exemplo, pois evitaria que essas pessoas ficassem sujando os lençóis com cremes melequentos toda noite. Outras ideias são misturar a nova pele com filtro solar, para que ele não saia na água, e com o hidratante, para que ele fique no lugar durante o dia.

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Antes de conseguir criar a XPL, os cientistas chegaram a centenas de outras combinações químicas que não serviam como segunda pele. O desafio era encontrar a composição perfeita, que tivesse a melhor aderência, propriedades óticas e mecânicas semelhantes às da pele, e que fosse imperceptível. Ah, e como se não bastasse, um detalhe: a pele natual também precisa respirar sob a camada de polímero. Tudo isso a XPL consegue fazer.

Uma vez que a pele ideal foi, finalmente, descoberta, ela foi testada em 170 pessoas – e nenhuma delas teve reações alérgicas ou irritações locais, o que é um ótimo sinal. Os testes incluíram esconder olheiras, disfarçar pernas desidratadas e disfarçar rugas, para ver se a XPL realmente funcionava como cosmético. Depois, foi a vez da aderência ser posta à prova: os participantes esfregaram a pele falsa com água e sabão, nadaram, tomaram chuva e suaram – e nada feito: ela não saiu de jeito nenhum, a não ser com a solução criada especialmente para dissolver as cadeias químicas. 

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Apesar dos resultados incríveis, este foi um primeiro teste em humanos. Por isso, os cientistas ainda não sabem quando ela poderá ser submetida à FDA – a última etapa antes de um novo produto entrar no mercado nos Estados unidos. Mas, como cada parte da XPL foi pensada dentro das recomendações da FDA, os pesquisadores imaginam que até o fim do ano essa fase seja superada.  

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É, parece que, por enquanto, vamos ter que continuar com a boa e velha maquiagem. Mas você pode ver alguns dos testes e seus resultados nesse vídeo criado pelo próprio MIT (em inglês):

 

 

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