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Lego é a marca mais amada pelas pessoas, segundo pesquisa

Você é fã das peças coloridas? Empresa desbancou gigantes de tecnologia, que costumam liderar rankings do tipo. Entenda como a pesquisa foi feita.

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 11 jan 2023, 21h44 - Publicado em 25 jun 2020, 12h47

Nada de Netflix, Google ou Apple. De acordo com a Talkwalker, empresa de análise e monitoramento digital, a Lego é a marca mais querida pelos consumidores.

Pois é. A fabricante das pecinhas coloridas desbancou as grandes companhias de tecnologia que costumam aparecer no topo dessas listas de satisfação e reconhecimento, como Amazon e Instagram.

Segundo a Adweek, revista especializada em negócios e publicidade, esse é um resultado incomum – não só pela Lego, mas pelas outras marcas que aparecem logo em seguida. Veja o top 10:

1 – Lego
2 – Four Seasons Hotels
3 – Singapore Airlines
4 – Giant Hypermarket
5 – Vertex Pharmaceuticals
6 – Bimbo
7 – Celebrity Cruises
8 – Tiger Beer
9 – The Container Store
10 – Voot

É difícil reconhecer alguns desses nomes. A Voot, por exemplo, é um serviço indiano de vídeos on demand (e concorrente da Netflix); a Tiger Beer é uma cerveja de Singapura; a Bimbo, uma rede de padarias mexicana.

A explicação para esse ranking pouco comum está na metodologia usada pela Talkwalker. Eles analisaram 718 marcas em fóruns, blogs, redes sociais e veículos de notícia à procura de comentários positivos. No total, foram 715 milhões de menções às empresas.

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Mas ao invés de comparar os números absolutos de menções, os pesquisadores atribuíram pesos diferentes a elas, de acordo com o lugar de origem (redes sociais, notícias, etc.) e o seu conteúdo (frases que continham “eu amo quando…” ou “eu adoraria se…” associado ao nome da marca, por exemplo).

De acordo com a Talkwalker, isso resultaria em uma lista mais realista, uma vez que a tendência é que, pelo seu alcance, empresas maiores liderem os números absolutos de menções.

Por que a Lego?

Criada em 1932 pelo dinamarquês Ole Kirk Christiansen, a Lego começou fabricando brinquedos de madeira (Christiansen, inclusive, era marceneiro). Após da Segunda Guerra Mundial, ficou mais raro (e caro) encontrar essa matéria-prima na Dinamarca. Foi aí que entrou o plástico: o bloco clássico, que permite a junção de qualquer peça, surgiu em 1958.

Hoje, as pecinhas são onipresentes. Calcula-se que existam cerca de 80 delas para cada pessoa na Terra. Se pensarmos que o planeta possui 7,5 bilhões de habitantes, é só fazer a conta: 600 bilhões de bloquinhos.

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Na SUPER, precisamos admitir, somos entusiastas do brinquedo. Já escrevemos sobre o carro feito com mais de um milhão de peças (e que funciona), quanto tempo leva para ele se decompor no oceano, como ele pode ser usado como isolante térmico e até por que dói tanto pisar em um desses blocos.

Isso sem falar nas esculturas que já ilustram algumas de nossas matérias, como esse robô, essa sonda espacial e até esse ovinho frito.

O cálculo da Talkwalker mediu 11 características de amor à marca, como bom atendimento ao cliente, responsabilidade social, funcionários satisfeitos, envolvimento com fãs e a criação de um sentimento de nostalgia pela marca. A Lego atingiu altas pontuações em boa parte delas, e faz sentido: afinal, foram os fãs que salvaram a empresa da falência.

Entre os anos 1990 e 2000, as finanças da Lego iam de mal a pior. Em 2004, por exemplo, o prejuízo foi de R$ 797 milhões, em valores atuais.

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As coisas só melhoraram quando a empresa fez uma grande reestruturação, e usou a internet para fortalecer o elo com os consumidores. Em 2008, com o site Lego Ideas, ela desenvolveu um modelo de produção colaborativa: fãs criam seus projetos, a Lego os produz e o designer original fica com uma porcentagem dos royalties.

Esse modelo criou um ambiente extremamente criativo, fortaleceu a comunidade de adoradores de Lego pelo mundo – e salvou a empresa. Caso queira entender toda a história, leia essa reportagem, feita há alguns anos aqui na SUPER.

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