Fundador do Google tem empresa secreta de carros voadores
Um dos criadores do buscador mais famoso da internet investiu mais de 100 milhões em aviões individuais para o "dia a dia"
Várias empresas estão correndo para começar a vender o carro dos Jetsons. Enquanto alguns tentam fazer automóveis convencionais voarem, a maioria investe em pequenos aviões, individuais ou tamanho família, fáceis de pilotar e baratos – quer dizer, tão baratos quanto um carro de luxo. É o caso da Zee.Aero, empresa que acumula patentes de um veículo que decola e pousa na vertical, sem precisar de uma pista de decolagem tradicional.
Quando a Zee.Aero abriu um escritório no Vale do Silício, os vizinhos ficaram confusos. A casa ficava ao lado do Googleplex, o “quartel general” das operações do Google. O terreno ao redor do complexo pertence ao buscador mais famoso do mundo – então porque eles alugariam para uma empresa pequena e desconhecida?
Acontece que o principal investidor da empresa é Larry Page, co-fundador do Google, segundo um relatório da Bloomberg Businessweek. A revista entrevistou dez funcionários da Zee.Aero, que contaram que Page financiou pessoalmente os projetos do “carro” voador e investiu mais de 100 milhões de dólares. A empresa estaria testando seu protótipo em um pequeno aeroporto na cidade de Hollister.
LEIA: E se todo mundo tivesse um carro voador
Segundo o relato dos funcionários, até pouco tempo atrás, Page ocupava o segundo andar do escritório e os empregados da Zee o apelidaram de GUS – the guy upstairs, em português o cara do andar de cima.
A história fica mais bizarra: além da Zee.Aero, Page se tornou investidor de mais uma startup de transporte aéreo, a Kitty Hawk. A ideia de Page seria colocar as duas empresas para “brigar” e ver qual delas desenvolve o produto mais eficiente mais rápido.
Segundo os documentos de registro da empresa, o presidente é Sebastian Thrun, a mente por trás do projeto inicial do autônomo Google Car. O produto que a empresa desenvolve é lembra um drone com quatro hélices, só que grande o suficiente para transportar uma pessoa.
Se só o fundador do Google está envolvido em duas empreitadas para que as pessoas passem a voar no seu dia a dia, dá para imaginar quantas outras empresas desenvolvem tecnologias parecidas. A barreira principal que nos separa de carros voadores tem mais a ver com a regulamentação do que com as leis da física.
Os requisitos de segurança e códigos de regulação de trânsito aéreo não estão preparados para um grande volume de tráfego ainda, especialmente porque os pilotos não serão mais especialistas. Ainda estamos aprendendo a evitar acidentes com o aumento do número de drones no ar – imagina ter que lidar com congestionamento aéreo equivalente a uma volta de feriado?