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Artemis I: conheça os experimentos científicos a bordo da missão lunar

Ela não levará uma tripulação para o espaço, mas vai transportar algas, manequins e mini satélites. Veja as principais atividades da missão, que deve partir no sábado

Por Luisa Costa
Atualizado em 31 ago 2022, 18h15 - Publicado em 31 ago 2022, 18h09

A missão Artemis I, da Nasa, é um teste. Se tudo ocorrer como planejado, o foguete Space Launch System (SLS) vai decolar do Centro Espacial Kennedy (na Flórida, EUA) no próximo sábado (3) e lançar ao espaço a cápsula Orion – que voará ao redor da Lua e retornará para a Terra 42 dias depois.

Esse é o objetivo principal da primeira etapa do Programa Artemis, que planeja enviar astronautas à Lua em 2024, depois de um longo hiato (a última vez que humanos visitaram o satélite foi na missão Apollo 17, em 1972). A Orion não levará uma tripulação para o espaço por enquanto. Em vez disso, vai transportar itens como algas, manequins e mini satélites.

Esses são alguns dos experimentos científicos que estarão a bordo da Orion quando a Artemis I decolar. Entre eles, estão as primeiras investigações para ver como os seres vivos reagem ao ambiente do espaço além da órbita baixa da Terra – onde fica a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Além de testar tecnologias que poderão ser usadas no futuro, a ideia dos experimentos (que você confere abaixo) é aprender mais sobre o ambiente espacial e a Lua. Afinal, quanto mais conhecimento, mais fácil é preparar um retorno seguro dos terráqueos para o satélite – ou, até, um eventual pouso tripulado em Marte.

Algas na Lua

Quatro experimentos de biologia vão decolar para o espaço na Artemis I. Eles irão investigar o impacto da radiação no DNA de fungos, na adaptação de leveduras, no valor nutricional das sementes e na expressão gênica de algas. Juntos, formam o Biology Experiment-1 (BioExpt-1).

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Hoje, não se sabe ao certo quais são os efeitos da radiação para além da órbita baixa da Terra, que está parcialmente protegida por uma extensão do campo magnético do planeta. Com o BioExpt-1, os cientistas pretendem reunir informações sobre isso. 

“Cada um desses quatro experimentos nos ajudará a entender um aspecto único de como os sistemas biológicos podem se adaptar e prosperar no espaço profundo”, disse Sharmila Bhattacharya, cientista do programa de biologia espacial da Nasa.

A radiação na Lua é até três vezes mais alta do que na ISS, e de duzentas a mil vezes maior do que na Terra (protegida pela atmosfera, além do campo magnético). Nessas condições, os astronautas se tornam mais suscetíveis ao câncer e a doenças neurodegenerativas.

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Manequins no espaço

Outro experimento que visa investigar como a vida terrestre responde à radiação espacial conta com Helga e Zohar: duas manequins. Os bonecos são feitos de materiais que imitam os ossos, tecidos moles e órgãos internos do corpo de uma mulher adulta.

Nas 38 fatias que compõem os manequins, há sensores de radiação. Helga estará desprotegida na espaçonave Orion enquanto viaja ao redor da Lua, enquanto Zohar usará um colete de proteção contra radiação recém-desenvolvido – que terá sua eficácia colocada à prova.

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A ideia desse experimento é também preencher uma lacuna de gênero nos experimentos espaciais, que geralmente investigam como o corpo de homens adultos são afetados pelas viagens extraterrestres.

CubeSats

A Orion também vai transportar dez CubeSats. São satélites de 11kg e do tamanho de caixas de sapato, que têm missões individuais e vão partir da Orion por conta própria quando a espaçonave estiver a caminho da Lua.

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Foto de 10 CubeSats dentro de um anel adaptador.
(NASA/Cory Huston/Reprodução)

Alguns satélites vão fornecer informações sobre a superfície e composição lunar para os cientistas, enquanto outros vão possibilitar análises sobre a radiação espacial. Entre os CubeSats está o menor pouso lunar de todos os tempos: uma engenhoca japonesa de apenas 700 gramas chamada Omotenashi, que deixará uma sonda na superfície da Lua.

Outro CubeSat chama-se Near-Earth Asteroid Scout e vai estudar um pequeno asteroide chamado 2020 GE. Para chegar lá, ele desdobrará uma vela de 86 metros quadrados que lhe dará impulso no espaço a partir da pressão da luz solar – da mesma forma que um barco à vela usa o vento para navegar.

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