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China encontra moléculas de água em amostras vindas da Lua

A China foi o terceiro país a trazer pedras da Lua para a Terra. As moléculas de água foram encontradas em rochas distantes dos polos lunares.

Por Eduardo Lima
6 ago 2024, 15h12

A China enviou a sonda Chang’e-5 para a Lua em 2020 com um objetivo: ser o terceiro país, depois dos Estados Unidos e da Rússia, a coletar pedras lunares. Analisando essas amostras de solo, os chineses encontraram água junto dos minerais presentes nas pedras da Lua.

Não é a primeira vez que encontram água na Lua. Espaçonaves dos EUA e da Índia já avistaram o que parece ser água na superfície lunar. Em 2023, cientistas da China encontraram água dentro de pedaços de vidro espalhados pelo satélite natural. 

Um panorama retornado pela sonda Chang'e-5, mostrando o braço robótico de amostragem e marcas de escavação no regolito lunar.
(CNSA/CLEP/Reprodução)

Agora, é a primeira vez que a água é encontrada em amostras da Lua na sua forma molecular, H2O. Além disso, a molécula foi encontrada numa região onde os cientistas acreditavam que água naquela forma sequer poderia existir.

Um cristal transparente prismático, da largura de um fio de cabelo, foi classificado como um mineral lunar desconhecido, ou ULM-1. A fórmula química do mineral estranho é (NH4)MgCl3·6H2O, e ele é composto por 41% água, com um pouco do íon amônio (NH4) para dar estabilidade às moléculas de H2O, que sofreriam com as variações de temperatura severas da Lua.

Tá vendo aquela Lua

Água na superfície lunar poderia ser um recurso para habitação da Lua, de acordo com o estudo publicado na Nature Astronomy, em 16 de julho. A China tem planos de construir uma base de pesquisa no nosso satélite natural.

A água pode aparecer de três jeitos na Lua: como molécula (que foi o que os chineses encontraram), como gelo e como hidroxila (OH), grupo químico próximo que é quase uma água, mas com um hidrogênio a menos.

Antes disso, os cientistas achavam que só era possível encontrar água em forma de molécula nos polos lunares, áreas de difícil navegação e condições climáticas diferentes. O composto poderia não ser estável o suficiente para outras regiões da Lua.

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A amostra recolhida pelos chineses veio de um lugar de latitude média, distante dos polos, que normalmente não seria próprio para a formação da água. O amônio, segundo os cientistas, provavelmente impediu a evaporação da parte do cristal composta de água.

Além da água, também foi encontrado grafeno natural, forma de carbono transparente, na Lua. A substância se formou lá, desafiando uma hipótese sobre a formação do satélite que propõe que todas as substâncias voláteis da Lua (como o carbono, que é essencial para a existência da vida como conhecemos) teriam evaporado numa grande colisão com outro corpo celeste. A descoberta foi descrita na revista National Science Review.

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