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Chuva de meteoros orionídeos terá pico nesta madrugada

O fenômeno poderá ser visto a olho nu em algumas regiões do Brasil. Saiba como acompanhar.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 20 out 2020, 18h11 - Publicado em 20 out 2020, 16h37

Uma vez por ano, a chuva de meteoros orionídeos chama a atenção de admiradores de todo o planeta. Em 2020, o fenômeno, que fica ativo de 2 de outubro a 7 de novembro, alcançará seu pico na madrugada de terça-feira (20) para quarta-feira (21), quando dezenas das chamadas estrelas cadentes poderão ser vistas rasgando o céu. 

Isso ocorre porque, nessa época, a Terra passa exatamente pelo ponto da galáxia em que estão os detritos cósmicos deixados pelo famoso cometa Halley. Esses restos, então, acabam se chocando com a atmosfera terrestre. E o impacto faz os pedaços entrarem em chamas, desintegrando-se aos poucos e deixando seus rastros luminosos. 

O cometa Halley, por sua vez, passa por aqui a cada 76 anos, tendo aparecido pela última vez em 1986. A previsão do próximo retorno é 2061. Enquanto ele não volta, ficamos com suas sobras, que apesar de serem minúsculas – com algumas do tamanho de grãos de areia –, continuam notáveis. 

O nome “orionídeos” tem relação com a direção em que surgem os meteoros. Apesar de dominarem todo o céu, eles parecem surgir da constelação de Orion, a qual abriga a estrela Betelgeuse e também as Três Marias. 

Chuva de meteoros nesta madrugada
A Constelação de Orion é associada a figura de um guerreiro. As Três Marias formariam seu cinturão, enquanto Betelgeuse (acima na esquerda) e Rigel (abaixo na direita) seriam, respectivamente, o ombro e o pé da figura humana. (wenbin/Getty Images)
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Como assistir ao fenômeno 

O melhor horário para acompanhar a chuva de meteoros vai de meia-noite até antes do amanhecer. O ideal é se manter-se longe das luzes da cidade, procurando também um lugar com visão ampla do céu. Infelizmente, os moradores das grandes metrópoles podem ter menos sorte nessa busca. 

Além de evitar os prédios, também é preciso deixar a natureza fazer o seu trabalho. O próprio brilho da Lua pode atrapalhar a observação – mas, por sorte, o satélite se encontra agora em sua fase menos luminosa. O clima também tem influência: com o tempo chuvoso e nublado, ficará difícil ver qualquer sinal de meteoro. De acordo com o ClimaTempo, Amapá, Rondônia, parte do Nordeste e parte do Sul terão condições favoráveis para a observação.

Caso você esteja em um local que cumpra os critérios citados acima, pode até dispensar os binóculos ou lunetas e contar apenas com sua visão. Mas não vá esperando uma chuva de meteoros no sentido literal. Apesar deste ser o nome, é possível que estejam visíveis apenas umas 10 ou 20 faixas luminosas por hora. Os meteoros também devem passar com uma velocidade extremamente alta, de 66 metros por segundo. Ou seja, fique (bem) atento para não perder o evento. 

Há também alternativas para aqueles que não puderem acompanhar diretamente a chuva de meteoros. Alguns serviços de telescópios robóticos, como o Slooh, costumam transmitir esses eventos ao vivo em suas plataformas. É só pegar a pipoca.

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