Como observar a chuva de meteoros Eta Aquáridas este final de semana
O pico acontecerá na madrugada do dia 4 para 5 de maio. Os observadores poderão avisar até 50 meteoros por hora.
Este final de semana, os brasileiros poderão assistir à chuva de meteoros Eta Aquáridas, que atingirá seu pico na madrugada do dia 4 para o dia 5 de maio. O evento pode produzir de 20 a 50 meteoros por hora e, como nessa noite a Lua estará somente 14% cheia, o cenário é favorável para a observação.
Diferentemente do último eclipse solar, que só foi visível na América do Norte, a chuva de meteoro Eta Aquáridas poderá ser vista de todo o Brasil. Quanto mais ao sul você estiver, melhor será a observação do evento. A atividade estelar será um pouco mais intensa em regiões mais ao sul do Equador, podendo atingir até 50 meteoros por hora.
Quem estiver mais próximo do Equador ainda terá uma boa chuva de meteoros para testemunhar, mas com uma quantidade um pouco menor – de 10 a 30 meteoros por hora. Independente de onde você esteja, no entanto, o melhor horário para observação é a partir das 2:00 horas da madrugada.
Além da pouca luz da Lua, que irá proporcionar uma melhor visão do céu noturno, outro fator que deve favorecer a quantidade de meteoros é a interação dos grãos da chuva com o gigante gasoso Júpiter, o que torna a Eta Aquáridas uma das chuvas de meteoros mais intensas deste ano.
De acordo com Marcelo Antonio, astrônomo da organização para monitoramento de meteoros no Brasil EXOSS e parceiro do Observatório Nacional, os meteoros da chuva Eta Aquáridas são famosos por seu rastro deixado ao passar e pela alta velocidade – podendo alcançar 65,5 km/seg.
A chuva é formada por fragmentos soltos do Cometa Halley, que só poderá ser visto por aqui novamente em 2061. E (em mais um episódio de poderes saídos diretamente de Cavaleiros do Zodíaco) o nome da chuva de meteoros Aquáridas se deve por estar localizado na constelação de Aquário, próxima a estrela mais brilhante da constelação, a Eta Aquarii.
A primeira observação aconteceu ainda na Idade Média – algo que sabemos graças a registros chineses. No entanto, o fenômeno só passou a ser reconhecido como chuva de meteoros em 1868, quando o astrônomo austríaco Rudolf Falb descobriu a relação entre as chuvas de meteoros eta Aquarids e o cometa Halley.
Chuvas de meteoros acontecem quando a órbita de um cometa ou asteroide cruza com a da Terra. Seus detritos e fragmentos se soltam e queimam ao penetrar na atmosfera terrestre. Ao queimar, esses meteoros criam um brilho no céu, deixando um rastro luminoso, conhecido popularmente como estrela cadente.
Quando diversas dessas estrelas cadentes queimam na entrada da atmosfera, temos então uma chuva de meteoros. E para observá-la não é preciso de nenhum tipo de equipamento. Basta encontrar um lugar afastado, com pouca poluição luminosa, e ter disposição para vencer o sono durante a madrugada.