Entenda a onda de calor que atinge o Brasil esta semana.
Quem vê as máximas de temperatura não diz que ainda estamos no inverno. A culpa é de uma massa de ar quente que travou no meio do país e está bloqueando ares mais frescos.
Quem achava que não ia tirar as bermudas e regatas do armário até o fim do ano se enganou. Se o verão começa só em dezembro, o calor resolveu chegar mais cedo – logo na última semana do inverno. Com isso, várias cidades do país registraram seus recordes de temperatura no ano, durante aquela que deveria ser a estação mais fria.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) lançou um alerta de perigo para a onda de calor que já está entre nós e deve permanecer até sexta-feira (22). Segundo o instituto, as temperaturas em algumas áreas vão ficar 5°C mais quentes do que a média em anos passados, sendo um potencial risco à saúde.
A culpa desse calorão é uma forte massa de ar quente que se espalhou por grande parte do país. Ela serve de bloqueio atmosférico, impedindo a passagem de frentes frias e atrapalhando as condições meteorológicas que causariam chuvas.
De acordo com o Inmet, o tempo seco ajuda a piorar a onda de calor. Somado ao aumento da pressão atmosférica perto da superfície, esses fatores inibem a formação de nuvens. Sem essa camada de proteção, os raios do Sol esquentam mais ainda a massa de ar, que transforma a região afetada em um verdadeiro forninho.
A previsão é de que, com a chegada da primavera, a situação não melhore. O panorama dos meteorologistas do Inmet aponta para uma piora no quadro climático a partir de sexta-feira (22), então pode esperar um fim de semana de torrar – a capital paulista, por exemplo, vai extrapolar os 35°C. O órgão afirma que vai reavaliar diariamente o aviso de alerta, tanto em termos de gravidade quanto de área e tempo de abrangência.
Entre as regiões que mais vão sofrer com o calor estão o Centro-Oeste e o interior de São Paulo, que terão temperaturas na casa dos 40°C. Uma lista completa dos municípios em alerta, que inclui cidades do Triângulo Mineiro e partes do Paraná e Tocantins, pode ser encontrada no site oficial do Inmet, que você acessa aqui.
Conforme as temperaturas aumentam, alguns grupos de pessoas são postos em risco. Idosos, por exemplo, são particularmente sensíveis ao calor extremo; contudo, temperaturas mais altas podem começar a afetar jovens e pessoas saudáveis. Para saber mais sobre os efeitos das temperaturas elevadas, confira esse texto da Super.