Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Google ajuda empresa aérea a refazer rotas para reduzir o impacto ambiental

Com ajuda de inteligência artificial, a empresa criou mapas para que os aviões evitassem passar por regiões nas quais formariam rastros, que retêm calor. Entenda.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 11 ago 2023, 06h44 - Publicado em 10 ago 2023, 18h58

Sabe aqueles rastros esfumaçados que os aviões deixam quando voam? Eles não são só nuvens bonitinhas. Além dos impactos gerados pela emissão de gases do efeito estufa, essas listras são uma parcela dos impactos da aviação no aquecimento global – mais especificamente, 35%.

Elas se formam quando o vapor d’água se condensa em torno da fuligem ou de outras partículas que um avião libera – daí vem o nome delas: condensed trails, ou “contrails”. Elas retêm calor, deixando o planeta um pouco mais quente.

Esse problema está sendo abordado por uma união entre a American Airlines, a maior empresa aérea americana, e o Google. Com o auxílio de mapas do Google e do Breakthrough Energy, fundo de investimento climático de Bill Gates, a linha aérea quer evitar a formação dessas nuvens.

O conceito é simples: é possível evitar a formação de “contrails” tomando rotas em que haja menos umidade. Se os pilotos souberem as condições do caminho à frente, podem ajustar a altitude em que estão voando, e desviar de grandes quantidades de água.

Para desenvolver os mapas, uma equipe de pesquisa se debruçou sobre imagens de satélite para localizar e rotular os “contrails”. Então, eles alimentaram uma inteligência artificial com esses dados.

Continua após a publicidade

Com dados meteorológicos e de voo em mãos, os pesquisadores conseguiram criar um modelo eficaz para prever quando e onde os rastros poderiam se formar. 

A bola passou para os pilotos da American Airlines, que testaram os mapas em 70 voos de teste durante seis meses. Eles já estão acostumados a mudar de altitude para evitar turbulências, então não era nada fora de suas habilidades.

Comparando os resultados dos testes, com voos em que não houve essa preocupação, os pesquisadores descobriram uma redução de 54% na formação dos rastros. Uma simples mudança na rota de voo é um jeito comprovadamente eficaz de diminuir o impacto climático.

Continua após a publicidade

Apesar de os testes terem gasto 2% de combustível a mais para desviar das zonas de umidade, o aumento para a companhia aérea seria de apenas 0,3%, segundo o Google – porque poucos voos precisariam de ajustes. São poucos dólares para um benefício climático equivalente a evitar a emissão de uma tonelada de dióxido de carbono.

Segundo a American Airlines, ainda são necessárias mais pesquisas para implementar essa medida nos voos da linha. O próprio estudo ainda não foi revisado por pares, sendo divulgado apenas em um vídeo e post do Google. Mesmo assim, é uma inovação importante para a aviação.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.