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Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade

Se os cálculos do pesquisador André Füzfa estiverem certos, a teoria da relatividade poderá ser testada em laboratório

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 08h46 - Publicado em 19 jan 2016, 17h15

Está liberada a maratona de Star Trek para comemorar: estamos chegando no futuro. Pela primeira vez um matemático conseguiu chegar em uma fórmula que pode ser a chave para o controle da gravidade.

A ideia não é utilizar da tecnologia para desligar a gravidade terrestre e sair voando por aí, pelo contrário. À princípio o plano é tentar aumentar a gravidade em um local controlado. A alteração seria ínfima, mas o suficiente para que conseguíssemos estudar a força gravitacional e colocar em xeque a teoria da relatividade, proposta por Einstein.

Isso seria possível porque o famoso físico afirma que tanto as energias quando as massas são afetadas de maneira igual pelo campo gravitacional, de maneira que curvas seriam produzidas por campos eletromagnéticos. O ponto é que os campos produzidos na Terra são muito fracos, e não conseguimos medi-los. Porém, com o aumento da gravidade em determinados pontos, a visualização seria facilitada.

“De alguma maneira, estudar a gravidade é uma atividade contemplativa: físicos se restringiam a analisar o natural, as fontes gravitacionais já existentes. Gerar campos gravitacionais, que poderiam ser ligados ou desligados, é algo que havia sido deixado para a ficção científica”, afirma o matemático responsável pela descoberta, André Füzfa, da Universidade de Namur (Bélgica) em seu artigo.

Leia: O que é gravidade?

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Se funcionar, a tecnologia também traria efeitos práticos. As ondas gravitacionais poderiam substituir as transmissões que hoje são feitas por satélite. “Até agora, um avanço científico desse porte era um sonho, mas isso poderia abrir caminho para muitas novas ferramentas, como telecomunicações usando ondas gravitacionais, por exemplo” afirmou a universidade em comunicado.  

Ainda não se sabe se o projeto vai mesmo rolar. O problema é que, para ser produzido, o equipamento envolveria um custo que pouca gente estaria disposta a assumir. Afinal, não há provas de que a máquina realmente funcionaria, apenas estimativas e cálculos baseados em teoria. Se fizerem e der certo, porém, a forma como enxergamos o mundo, e até a ficção científica, pode mudar. O estudo completo está disponível aqui.

Leia também:
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