Pterossauros tinham penas como as de pássaros e dinossauros
Novos achados indicam que esses répteis voadores tiveram um ancestral em comum com os dinos
Você pode até ter ficado triste com a notícia de que o tiranossauro rex não tinha penas, mas, se serve de consolo, o pterossauro tinha. E quatro tipos diferentes. É o que mostra um estudo publicado na última segunda-feira (17) no periódico científico Nature Ecology & Evolution.
Um time internacional de pesquisadores liderado por Baoyu Jiang, da Universidade Nanjing, na China, concluiu que, ao contrário do que se pensava, esses répteis voadores que habitaram o planeta de 230 a 66 milhões de anos atrás não tinham as chamadas picnofibras, estruturas que se assemelhavam aos pelos.
O que revestia seus corpos eram, na verdade, quatro variações de penas que se espalhavam por pescoço, cabeça e asas. A pelagem era a mesma encontrada em dois grandes grupos de dinossauros, os ornitísquios vegetarianos e os terópodas, que evoluíram para as aves que temos hoje em dia.
“Nós conduzimos algumas análises evolutivas e elas mostraram claramente que os pterossauros tinham penas, assim como os pássaros modernos e diversos dinossauros”, comenta, em nota, Mike Benton, professor da Universidade de Bristol que também participou da pesquisa.
Para os estudiosos, é provável que a cobertura fofinha tenha servido para facilitar o tato e o voo dos pterossauros, além de ser uma forma de isolamento térmico. A coloração avermelhada identificada pelos experts indica que a plumagem garantia a capacidade de eles se camuflarem.
A suspeita dos pesquisadores é que pterossauros e dinossauros tiveram um ancestral em comum há 250 milhões de anos. Mas quem veio ao mundo primeiro coberto de penas? Talvez a gente demore tanto tempo para responder a essa pergunta quanto levamos para cravar que o ovo veio antes da galinha.