Em caso de emergência, os astronautas têm como fugir da Estação Espacial?
Conheça o "bote salva-vidas" da ISS.
Assim como um navio, a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) tem seu bote salva-vidas – no caso, uma cápsula da Soyuz, nave russa que faz o trajeto Terra-ISS carregando suprimentos e pessoas.
Desenvolvida durante o programa espacial soviético, a Soyuz (“união”, em russo) foi lançada ao espaço pela primeira vez em 1967. Desde então, mais de 140 missões foram feitas com ela, que passou por várias atualizações ao longo do tempo. Desde 2011, com o fim do programa dos ônibus espaciais americanos, a Soyuz serve exclusivamente como meio de transporte para a ISS.
Cada módulo da Soyuz comporta até três astronautas para a descida à Terra – e dois desses módulos ficam ligados à ISS caso a tripulação precise dar no pé. Portanto, a estação costuma ter tripulações de até seis astronautas simultaneamente (mas às vezes acomoda sete).
O plano de evacuação da ISS é relativamente simples – a estação foi projetada para funcionar sem nenhum astronauta; o sistema de pilotagem, inclusive, raramente é controlado a bordo: quase tudo é feito do solo. Aos astronautas, caberia fechar a maior parte das escotilhas entre os módulos da estação – mantê-los isolados aumenta a proteção caso haja falhas em um deles.
Antes da adoção da Soyuz, a Nasa desenvolveu o X-38, uma espaçonave que serviria exclusivamente como bote salva-vidas da ISS, permanecendo acoplada a ela. Com espaço para sete astronautas, três protótipos do X-38 chegaram a ser construídos e testados, mas devido a cortes de orçamento da Nasa, o projeto foi engavetado em 2002.
A ISS nunca precisou ser evacuada – mas essa possibilidade já foi discutida algumas vezes. Como em 2003, após o desastre do ônibus espacial Columbia, que explodiu ao reentrar na atmosfera, matando os sete astronautas a bordo. Em 2021, a tripulação da contação considerou abandoná-la após uma nuvem de destroços, fruto da explosão de um satélite russo durante um teste com armas anti-satélite, colocá-los em risco.
Pergunta de @rodriguesjeferson, via Instagram