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Os 10 melhores filmes da história, segundo Martin Scorsese

A lista foi feita em 2022, a pedido da revista Sight and Sound. Saiba onde assistir aos longas que o diretor selecionou a dedo.

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 18 jan 2024, 18h31 - Publicado em 15 set 2023, 11h02

A britânica Sight and Sound mantém dois rankings com os 100 melhores filmes da história: o dos críticos (formado por 1.600 deles) e o dos diretores (que reúne os votos de 480 cineastas; entre eles, Scorsese). As listas são atualizadas a cada dez anos.

Vamos à seleção do diretor de Assassinos da Lua das Flores:

1 – 2001: Uma Odisseia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968)

Cena do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço.
(Reprodução/Divulgação)

País: EUA

Onde assistir? HBO Max

Um marco do sci-fi – e do cinema. A obra-prima de Kubrick ficou marcada tanto pelo começo, durante a Pré-História (referenciado até no recente Barbie) quanto pela segunda parte da história, milênios depois, em que acompanhamos uma missão espacial – e os esforços da inteligência artificial HAL de sabotá-la.

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Você já assistiu ao filme e não entendeu nada? Tudo bem, é difícil mesmo. Em entrevista para a Playboy na época do lançamento, Kubrick se recusou a explicar o sentido da coisa. E o escritor de ficção científica Arthur C. Clarke – roteirista e autor do conto em que o filme foi baseado – disse o seguinte: “Se alguém entender de primeira, é sinal de que falhamos”.

2 – Oito e Meio (Federico Fellini, 1963)

Cena do filme Oito e meio.
(Reprodução/Divulgação)

País: Itália

Onde assistir? Globoplay

Um filme que usa (e abusa) da metalinguagem, Oito e Meio é um filme sobre o ato de fazer um filme. Na história, acompanhamos Guildo Anselmi (Marcelo Mastroiani), um famoso cineasta que enfrenta um forte bloqueio criativo para o seu próximo projeto.

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Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, tem também ares autobiográficos: o título é uma referência à filmografia de Fellini, que até então havia dirigido sete filmes “e meio”: seis longas, dois curtas e uma colaboração (que foi contabilizado como “meio filme”, assim como os curtas).

3 – Cinzas e Diamantes (Andrzej Wajda, 1958)

Cena do filme Cinzas e Diamantes.
(Reprodução/Divulgação)

País: Polônia

Onde assistir? Oldflix

No último dia da Segunda Guerra Mundial, o jovem Maciek (Zbigniew Cybulski), soldado da resistência polonesa, recebe a missão de assassinar um líder comunista. No caminho, ele se apaixona por uma garçonete – e começa a questionar a tarefa que recebeu.

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Wajda, que morreu em 2016, foi um dos principais responsáveis por modernizar o cinema polonês. Cinzas e Diamantes é o último de uma trilogia sobre filmes de guerra. A Polônia é um tema recorrente em sua filmografia. Wajda acabou virando senador do país e, em 2000, recebeu um Oscar pelo conjunto de sua obra.

4 – Cidadão Kane (Orson Welles, 1941)

Cena do filme Cidadão Kane.
(Reprodução/Divulgação)

País: EUA

Onde assistir? HBO Max, Belas Artes À La Carte e Oldflix

Mostra como o milionário Charles Foster Kane (Welles), dono de 37 jornais, fez de tudo na vida para ser amado – em larga escala e no âmbito privado –, mas caiu sozinho do topo do mundo, terminando com uma morte solitária. Baseado na vida de Wiliam Randolph Hearst, magnata da mídia do começo do século 20, Cidadão Kane revolucionou o cinema ao modernizar técnicas narrativas e de filmagem.

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5 – Diário de um Padre (Robert Bresson, 1951)

Cena do filme Diário de um Padre.
(Reprodução/Divulgação)

País: França

Onde assistir? Indisponível

Um novo padre chega a um pequeno vilarejo rural francês para assumir a sua primeira paróquia. Mas a má recepção dos moradores o faz questionar a sua fé.

6 – Viver (Akira Kurosawa, 1952)

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Cena do filme Viver.
(Reprodução/Divulgação)

País: Japão

Onde assistir? Belas Artes À La Carte

Kenji Watanabe tem uma rotina monótona: funcionário público, ele trabalha no mesmo departamento há 30 anos. Um dia, descobre que tem câncer – e que provavelmente morrerá em menos de um ano. A partir daí, resolve mudar radicalmente o seu estilo de vida. Parcialmente inspirado na novela russa A morte de Ivan Ilitch, de Liev Tolstói, é mais uma obra-prima do gênio Kurosawa, um dos diretores que mais inspirou a geração de cineastas de Scorsese (que inclui também gente como Steven Spielberg, George Lucas e Francis Ford Coppola).

7 – O Leopardo (Luchino Visconti, 1963)

Cena do filme O Leopardo.
(Reprodução/Divulgação)

País: Itália

Onde assistir? Looke

Um retrato da aristocracia durante o século 19 nos Estados autônomos que, mais tarde, se unificariam como um único reino: o da Itália. Baseado em um romance homônimo, venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes.

8 – A Palavra (Carl Theodor Dreyer, 1955)

Cena do filme A Palavra.
(Reprodução/Divulgação)

País: Dinamarca

Onde assistir? Indisponível

Drama familiar que se passa no interior da Dinamarca, em 1925, e se põe a discutir fé e cristianismo. Vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza, o filme é uma adaptação de uma peça de teatro homônima e fazia parte de uma “preparação” de Dreyer para filmar a vida de Jesus Cristo (um projeto que nunca se concretizou por falta de financiamento).

9 – Paisà (Roberto Rossellini, 1946)

Cena do filme Paisà.
(Reprodução/Divulgação)

País: Itália

Onde assistir? Belas Artes À La Carte e YouTube

Dividido em seis episódios, mostra a relação entre italianos recém-libertados e americanos após o fim da Segunda Guerra Mundial.

Três dos dez títulos dessa lista são italianos. Não por acaso: na infância, Scorsese vivia assistindo aos filmes do país com os avós, imigrantes da Sicília. Em especial, os do movimento neorrealista, que retratava as dificuldades pós-guerra (Paisà é um dos filmes fundadores dessa corrente). Martin detalha toda essa paixão em um doc de quatro horas de duração, Minha Viagem à Itália (1999).

10 – Os Sapatinhos Vermelhos (Michael Powell e Emeric Pressburger, 1948)

Cena do filme Os Sapatinhos Vermelhos.
(Reprodução/Divulgação)

País: Reino Unido

Onde assistir? Belas Artes À La Carte

Victoria Page (Moira Shearer) é uma jovem bailarina que vive um dilema: entregar-se a um interesse amoroso ou seguir com foco na dança. Ela integra uma companhia prestes a estrelar uma peça que dá nome ao filme (e que também é um título de um conto de fadas de Hans Christian Andersen).

Scorsese é apaixonado pelo filme: estudou a movimentação de câmera de Sapatinhos Vermelhos para as cenas de luta de seu Touro Indomável (1980) e ainda colaborou para uma restauração do longa.

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