Sorvete, gelatina, mousse… Nenhuma dessas guloseimas faria parte do seu cardápio sem a geladeira. E comida congelada então? Antes da engenhoca, era duro conservar os alimentos. Nos países frios, a neve e o gelo naturais eram estocados e comercializados durante todo o ano. Aqui nos trópicos, era preciso recorrer a outros expedientes. A carne, por exemplo, era colocada embaixo das selas dos cavalos ou estendida em varais no sol para secar, com muito sal. Outros grandes conservantes eram a gordura (também para carnes) e o vinagre (prática de onde nasceram os picles).
A geladeira não existiria sem os avanços da física. Primeiro foi preciso ser capaz de produzir máquinas, depois energia elétrica. Por fim entender as propriedades dos gases que refrigeravam o ambiente. Portanto, só em meados do século 18 a geladeira começou a ser desenvolvida pelos cientistas. O primeiro caso de refrigeração artificial foi realizado por William Cullne, em 1748, na Universidade de Glasgow, na Escócia. Um dos primeiros usos práticos da descoberta, no entanto, ocorreu só em 1856, quando uma cervejaria norte-americana financiou a pesquisa do australiano James Harrison para construir uma máquina que gelasse a cerveja.
As primeiras geladeiras domésticas eram bem diferentes das atuais, com motores separados fisica mente do espaço em que os alimentos eram armazenados. Nos anos 30, chegaram ao mercado as primeiras geladeiras com congelador, ou freezer. As geladeiras só se tornariam um item comum nas casas após a 2ª Guerra Mundial.