Para não se queimarem em caso de acidente. Assim como o macacão, esse capuz é feito de um tecido especial que não pega fogo e resiste a um calor de até 427 ºC. O nome correto desse treco é balaclava, uma referência aos antigos capuzes feitos de pequenos anéis trançados, usados pelos cavaleiros medievais. “A idéia de uma proteção antichamas sob o capacete surgiu após o acidente do austríaco Niki Lauda, no GP da Alemanha, em 1976. Ele bateu sua Ferrari, ficou preso nas ferragens e tirou o capacete para respirar. Mas o carro explodiu e o fogo tomou conta do piloto. Lauda tem grandes cicatrizes no rosto até hoje”, diz o jornalista Livio Oricchio, especialista em Fórmula 1. Há até alguns anos, a balaclava deixava boa parte do rosto descoberta (a foto ao lado, com o piloto finlandês Mika Hakkinen, traz esse modelo antigo). Hoje, para aumentar a proteção, a balaclava têm aberturas apenas para os olhos e para a boca, por onde entra um tubo ligado a uma garrafa com água ou isotônico. As primeiras balaclavas eram feitas de amianto, uma fibra também resistente ao fogo, mas menos confiável. Atualmente, elas são feitas com fios de nomex e kevlar, dois compostos sintéticos super-resistentes. Outra novidade é que os mecânicos que fazem o pit stop também passaram a usar a balaclava sob o capacete para reduzir o risco de alguém pegar fogo no reabastecimento. 😉
Nomex
DE QUE É FEITO – Derivados de petróleo
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS – Resiste a um calor de 427 ºC
ONDE É USADO – Roupas de bombeiros, bancos de aviões e uniformes de pilotos de corrida
Kevlar
DE QUE É FEITO – Derivados de petróleo
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS – Resiste a um calor de 427 ºC e é cinco vezes mais forte que o aço
ONDE É USADO – Coletes à prova de balas, luvas de proteção e estruturas de aviões