Quais são as diferenças entre os tipos de laranja?
A principal diferença é o sabor. Basicamente, as centenas de tipos de laranja pertencem a duas espécies diferentes. A primeira delas, a Citrus sinensis, reúne as laranjas doces, como a lima, a bahia, a pêra e a seleta. Todas elas são apreciadas no preparo de sucos, doces ou no consumo puro. A segunda espécie, a […]
A principal diferença é o sabor. Basicamente, as centenas de tipos de laranja pertencem a duas espécies diferentes. A primeira delas, a Citrus sinensis, reúne as laranjas doces, como a lima, a bahia, a pêra e a seleta. Todas elas são apreciadas no preparo de sucos, doces ou no consumo puro. A segunda espécie, a Citrus aurantium, concentra os tipos ácidos, como a laranja azeda. A casca e a polpa servem para a fabricação de doces, enquanto as flores são usadas na extração de perfumes. As laranjas são nativas da Ásia, provavelmente do arquipélago malaio – que hoje abrange países como Indonésia, Filipinas e Malásia -, ou do sul da China, onde a fruta já era conhecida há 4 mil anos. No século 16, os colonizadores portugueses trouxeram a novidade para o Brasil.
A adaptação não poderia ter sido melhor: hoje em dia, nosso país lidera a produção mundial de laranjas, dominando 33% do mercado. Saborosa e suculenta, a laranja também tem lugar cativo nas dietas saudáveis.
A principal característica da fruta é a grande quantidade de vitamina C – para um adulto, duas laranjas por dia suprem as necessidades diárias do nutriente. Difícil mesmo é evitar a confusão com outras frutas parecidas. Muita gente pergunta, por exemplo, se a grapefruit ou pomelo não passa de uma laranja maior e mais amarga. “Na verdade, o pomelo é um parente próximo da laranja, mas pertence a uma outra espécie, a Citrus paradisi, natural das Antilhas”, afirma o engenheiro agrônomo Ygor da Silva Coelho, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Cruz das Almas (BA).
Variedades doces são as mais consumidas no Brasil e no mundo
LARANJA-BAHIA
Surgida no século 19 de uma mutação natural no estado da Bahia, essa variedade não tem sementes e é fácil de descascar. Por causa disso, é a laranja mais utilizada no preparo de saladas. Em alguns estados, a bahia também é conhecida como laranja-de-umbigo, por causa de uma pequena saliência na parte de baixo da fruta
LARANJA-SELETA
Os pesquisadores acreditam que foi esse tipo que deu origem à laranja-bahia. De fato, as duas variedades são bem parecidas: ambas são pouco ácidas, têm polpa suculenta e casca amarelo-clara. Atualmente, a seleta vem perdendo espaço no mercado e seu cultivo é feito de forma reduzida
LARANJA JAPONESA
Apesar do nome, esse fruto pequeno e azedo comido com casca e tudo não pertence à mesma espécie das laranjas: as variedades mais comuns no Brasil, como a kinkan e a kunquat, são representantes do gênero Fortunella, um parente próximo do Citrus, mas com algumas características diferentes. A principal delas é o tamanho reduzido – tanto que algumas “laranjas” japonesas são cultivadas em bonsais
LARANJA-LIMA
Com seu sabor suave e doce, a lima é a menos ácida entre as laranjas populares. Por causa disso, é recomendada para crianças pequenas e pessoas com problemas digestivos. A polpa suculenta é ótima para ser comida diretamente, mas em geral não é usada no preparo de pratos ou na indústria
LARANJA-PÊRA
Adaptando-se facilmente a diferentes climas, a mais importante variedade nacional é plantada de São Paulo à Região Norte e responde por cerca de 70% da área cultivada no Brasil. Menor que as outras laranjas, a pêra tem um sabor levemente doce, ideal para o preparo de sucos ou para o consumo natural