Qual é a maior temperatura já registrada no Brasil? E no mundo?
Haja ventilador: veja quantos graus os termômetros já alcançaram. E quais parâmetros os meteorologistas usam para definir uma onda de calor.
No Brasil, o recorde é da cidade de Nova Maringá (MT). Em novembro de 2020, a temperatura por lá bateu 44,8 oC. O número é ligeiramente maior que o recorde anterior, de Bom Jesus (PI), onde o termômetro marcou 44,7 oC no verão de 2005.
Já a maior temperatura ambiente registrada no mundo foi no Vale da Morte, na Califórnia, no dia 10 de julho de 1913: inacreditáveis 56,7 graus. A marca, contudo, guarda suas controvérsias por ser um registro antigo e que não foi duplamente verificado.
Seja como for, picos assim são causados por ondas de calor que podem durar alguns dias ou várias semanas. “Considera-se uma onda de calor quando a temperatura atinge cerca de 32 ºC e, normalmente, cinco graus acima do normal para aquela área. Isso durante, no mínimo, uns dois dias”, diz a meteorologista Micheline de Sousa Coelho, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em São Paulo.
Apesar de não saberem ao certo os motivos que levam a esses aumentos bruscos de temperatura, os pesquisadores afirmam que isso tem sido muito comum, principalmente nas cidades grandes.
“Em São Paulo, por exemplo, tem-se observado uma elevação de temperatura considerável na última década”, afirma Micheline. Alguns especialistas acreditam que as causas de tanto calor são fatores naturais e que isso seria parte de um ciclo, como o ocorrido durante o derretimento das geleiras no fim das eras glaciais.
A grande maioria dos estudiosos, porém, aposta que a bagunça climática é resultado do aumento do efeito estufa, que resultou no aquecimento global.
A emissão de gases como o gás carbônico e o metano, resultantes do desmatamento de florestas e da queima de combustíveis, funciona como um cobertor que retém o calor na Terra, causando o polêmico efeito. O resultado é o intenso calor durante os verões dos quatro cantos do planeta.
O maior problema das ondas de calor é que as pessoas nem sempre estão prontas para enfrentá-las, o que causa muitas mortes por desidratação e insolação.
Mas lá em Curitiba…
Conhecida pela fama de fria, Curitiba, no Paraná, possui uma vizinha bem mais quente. A 90 quilômetros da capital do estado está a cidade de Antonina, que no final de 2018 registrou sensação térmica de impressionantes 81oC.
No dia 18 de dezembro daquele ano, o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) divulgou que os termômetros da cidade atingiram máxima próxima de 44,3ºC. Já a sensação térmica é medida usando variáveis como a velocidade do vento e a umidade do ar. Quanto maior a umidade, maior será a sensação de calor.