Texto de João Paulo Mazzilli Costa
Todos os anos, durante seis dias, dezenas de homens e cachorros enfrentam as paisagens glaciais da Noruega, na corrida de trenó mais longa da Europa. Nosso repórter percorreu os 1 000 km do trajeto, que se estende pelo extremo norte do planeta
Largada
A corrida, que tem o singelo nome de Finnmarkslopet, começa na pequena cidade de Alta – 2 mil km ao norte de Oslo, capital norueguesa, e a apenas 1 800 km do Pólo Norte – e transcorre dentro dos limites do Círculo Polar Ártico
Cenário ártico
As jornadas diárias superam 18 horas. O time, formado por um musher (o piloto do trenó) e 14 cachorros, percorre até 200 km por dia sob temperaturas baixíssimas, ventos cortantes e nevascas
Ida e volta
Vilarejos noruegueses funcionam como checkpoints, onde veterinários avaliam as condições físicas dos cães e mushers descansam ou pernoitam. A prova vai até Kirkenes, na fronteira com a Rússia, e retorna a Alta
Questão de honra
Cães machucados não podem prosseguir na prova. E, uma vez retirado, o cão não pode ser substituído. O trenó segue desfalcado, o que quase sempre representa a derrota do piloto
Parada à vista
Um dos maiores desafios da prova é se orientar na brancura desoladora da paisagem. Os bastões vermelhos espetados na neve são um alívio para competidores. Indicam a proximidade de um ponto de descanso e, portanto, o momento de comer e dormir antes de encararem a etapa seguinte