Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Nova pesquisa estima que há 75 mil infectados pelo coronavírus só em Wuhan

Mas não é necessário alarde: se o valor estiver correto, significa que a taxa de mortalidade da doença é bem menor do que se pensava.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 25 mar 2020, 12h07 - Publicado em 3 fev 2020, 17h25

Uma nova pesquisa apresentada pela Universidade de Hong Kong mostra que o número de casos do novo coronavírus na China pode ser muito maior do que se estimava. Até segunda-feira (3), foram registradas mais de 360 mortes e cerca de 17 mil pacientes infectados no país. No entanto, os cientistas estimam que, apenas na cidade de Wuhan, em que ocorreu o primeiro caso, haja 75 mil infectados pelo vírus.

Para chegar a esse número, os pesquisadores consideraram a propagação da doença entre Wuhan e algumas cidades chinesas, como Guangzhou e Xangai, e concluíram que cada portador do vírus é capaz de passá-lo para duas ou três pessoas. Além disso, foi observado que a epidemia dobra a cada semana. 

Mas não pense que a falta de registros é manobra do governo para tranquilizar o cenário ou qualquer coisa do tipo. Na verdade, é justificada pelo intervalo de tempo entre a infecção, o início dos sintomas e a confirmação de cada caso. Apenas a incubação da doença – período entre a exposição ao vírus e o surgimento dos primeiros sintomas – leva de dois a 14 dias. Isso somado ao tempo de procura por assistência médica e exames de confirmação representam um longo percurso até o registro oficial.

Apesar dos números assustarem à primeira vista, eles representam algo positivo: que a taxa de mortalidade pelo vírus é relativamente pequeno – inferior a 1%. Outras doenças iniciadas na China como a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em 2002 e a MERS (Síndrome Respiratória no Oriente Médio) em 2012, apresentavam taxas de 9,5% e 34,5%, respectivamente. 

Casos assintomáticos 

Na última semana, foi registrado o primeiro caso de uma pessoa assintomática (que não apresenta sintomas) a transmitir o vírus. Aconteceu durante uma reunião de negócios na Alemanha. 

Uma das executivas, moradora de Xangai, foi à reunião na empresa Webasto (fornecedora de tetos solares) no dia 20 de janeiro, e retornou dois dias depois. Na volta, ainda durante o voo, teve sintomas leves, que levaram à confirmação em testes feitos mais tarde. 

No dia 24, um dos colegas alemães começou a apresentar os sintomas. Depois, outros funcionários que tiveram contato com o primeiro antes dos sintomas aparecerem também tiveram o coronavírus com grau leve confirmado. 

Continua após a publicidade

A recente história mostra que, provavelmente, grande parcela da população chinesa também pode estar tratando a doença como um resfriado comum, ou às vezes nem chega a notar sua existência. 

Apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado estado de emergência, não é necessário alarde. A China já concluiu a construção de seu primeiro hospital voltado para o tratamento da doença, que começa a operar hoje (3), e deve entregar um segundo no dia 6 de fevereiro.

O Hospital Huoshenshan, que começou a ser construído em 23 de janeiro na cidade de Wuhan, possui mil leitos e conta com 1,4 mil funcionários. Já o segundo, chamado de Hospital Leishenshan, será construído em local próximo e contará com 1,5 mil leitos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.