Um esforço internacional reunindo quatro antenas instaladas nos Estados Unidos, na Guiana Francesa, na Austrália e na Alemanha reaviva as esperanças de que o satélite Hipparcos, da Agência Espacial Européia, consiga cumprir a missão de mapear o céu com precisão jamais alcançada. Perdido no espaço desde agosto de 1989, devido a uma falha no lançamento, o Hipparcos passava 70% do tempo fora do alcance da única estação de rastreamento designada para acompanhá-lo, a de Odenwald, na Alemanha. Com as quatro antenas, porém, o período de contato cobre 93% da órbita, já tendo permitido fazer 5 milhões de medidas.
Uma comparação ajuda a ter idéia do serviço do satélite. O diâmetro da Lua, visto da Terra, forma uma ângulo de 0,5 grau. Mas o Hipparcos pode medir a posição de uma estrela com um erro menor do que 10 milésimos de grau um ângulo 180 000 vezes menor do que da Lua. Prevê-se, agora, que o mapeamento será ainda melhor que o planejamento inicialmente, hoje, apenas 1000 estrelas têm posição conhecida com um erro menor do que 50 milésimos de grau. Graças ao satélite, serão 120 000 estrelas.